quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Europa: a dor do crescimento

Há 60 anos, seis nações do Velho Continente se uniram para tentar garantir a paz na região. Hoje, com 27 Estados, a União Europeia tenta superar as diferenças entre seus membros para sobreviver à crise econômica

Manifestante encara a polícia nas ruas de Roma durante o dia de protestos globais contra o capitalismo convocado para 15 de outubro de 2011

Há 60 anos, seis países da Europa resolveram se unir e criar uma parceria político-econômica para garantir a paz no continente, depois de décadas de combates sangrentos. Assim nasceu a União Europeia (UE), que não parou de crescer e hoje congrega 27 países. Em tempos de crise econômica, os princípios mais básicos dessa união têm voltado à tona. A UE tenta superar as discordâncias entre seus Estados membros, manter o esforço de integração e criar novas políticas e instrumentos para enfrentar a crise.

Logo depois da Segunda Guerra Mundial, a Europa devastada foi separada em dois pelos acordos de Ialta. Na época, os países da Europa ocidental encontravam-se ao mesmo tempo sob a ameaça soviética e em um estado de dependência em relação aos Estados Unidos, que financiaram a reconstrução do Velho Continente. Um ano depois de o Plano Marshall (Programa de Recuperação Europeia) entrar em vigor, em 1947, foi criada a Organização Europeia de Cooperação Econômica (desde 1961 Escritório de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE), um organismo destinado a garantir a repartição dos créditos americanos entre os Estados beneficiários e também facilitar as trocas econômicas europeias, para libertar-se da ajuda americana.

Em março de 1948, foi assinado o Tratado de Bruxelas, que instituiu a União da Europa Ocidental e criou uma aliança, por 50 anos, entre Bélgica, França, Grã-Bretanha, Luxemburgo e Holanda, “contra qualquer agressão”. Em maio daquele ano, Winston Churchill – que desde setembro de 1946 já havia lançado a ideia dos “Estados Unidos da Europa” – presidiu o Congresso para a Europa Unida, que reuniu 800 delegados de 19 países, em Haia.

A reunião resultou na criação, em 1949, do Conselho da Europa, cuja missão era estabelecer uma união política, econômica, cultural e social entre os países. Composto inicialmente por dez Estados (Bélgica, Dinamarca, França, Grã-Bretanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Suécia), ele está na origem da Convenção Europeia dos Direitos do Homem (1950).

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CASTELO DE AROUCE


O Castelo de Arouce, fica localizado a cerca de dois quilometros da freguesia, vila e concelho da Lousã, no distrito de Coimbra em Portugal. Encontra-se construído em posição dominante, no alto de um estreito contraforte da serra da Lousã, no local onde outrora existia a povoação de Arouce. É contornado em três dos seus lados pelo rio Arouce, sendo que, por esse motivo, muitos comparam-no com uma península. Hoje é conhecido por muitos como Castelo da Lousã.

Este castelo, possuidor de um aspeto bélico, abarca uma belíssima paisagem de um verde intenso e terras sem fim. É um edifício grandioso, rodeado de lendas contadas ao longo de várias gerações.

O Castelo de Arouce foi, em tempos, moradia de reis e de princípes, sendo já habitado no ano de 79 a.C., possuindo assim mais de 2000 anos de história.

História

A pequena povoação de Arouce, agora extinta, foi em tempos um local bem distinto da vizinha Lousã, sendo que, na época da fundação de Portugal era uma povoação bem mais importante. Esse fato é confirmado por documentos que remontam ao ano de 913.

Não se sabe exatamente em que ano foi construído o Castelo de Arouce, mas o mais provável é que a sua construção tenha ocorrido durante o século XI.

Mais tarde, em 1151, D. Afonso Henriques passou a Arouce um foral, que viria a ser confirmado por D. Afonso II. Nesses documentos pode ler-se que Arouce era nessa época uma vila, ao passo que Lousã era uma aldeia.

Em 1313, como consta de uma carta de doação passado por D. Dinis a favor de um dos seus filhos ilegítimos, João Afonso, estas distinção entre as duas povoações, com proeminência para a povoação de Arouce, ainda existia, sendo que aí são referidas descriminadamente a vila de Arouci, Lousã e Azor.

No entanto, com o passar dos tempos, Lousã foi crescendo, a ponto de, quando D. Manuel I, rei de Portugal, fez a reforma foraleira, em 1513, o foral já não foi atribuído a Arouce, mas sim a Lousã. Nessa altura, a povoação de Arouce provavelmente já teria desaparecido pois o Castelo mencionado no foral já é denominado de Castelo da Lousã.

Ao longo dos séculos, tanto Arouce como Lousã foram testemunhas e vítimas das diversas lutas que foram assolando a região, tendo o Castelo de Arouce um papel preponderante em muitas dessas lutas. Por exemplo, já na segunda metade do século XI, mais precisamente em 1064, Fernando Magno reconquistou Coimbra aos muçulmanos, trazendo a fronteira da Reconquista Cristã definitivamente até ao amparo das Serras da Lousã e da Estrela. Deste modo, quando D. Afonso Henriques ocupou o groverno do Condado Portucalense, já as terras de Arouce e o seu Castelo faziam parte desse patrimônio.

Apesar de não existir documentação que permita dizer com precisão quando foi construído o Castelo de Arouce, existe uma lenda local que dá a entender que a construção deverá ter ocorrido ainda no tempo da dominação romana. Conta-se que, certo chefe mouro de nome Arunce foi repelido dos seus estados em Conimbriga por inimigos que vinham do mar. Assim, ele refugiou-se nesta zona da serra da Lousã, dando o seu nome à localidade e edificando aí um Castelo onde pretendia resguardar a sua filha Peralta, e também guardar os seus tesouros. No entanto, muitos historiadores não dão qualquer valor a esta lenda local e atribuem a edificação do Castelo de Arouce ao Conde Sesnando, em 1080, ano em que Fernando Magno lhe concedeu o governo da vasta circuncrição conimbricense.

Caraterísticas

O Castelo de Arouce é um edifício de modestas dimensões, composto por uma linha de muralhas de planta aproximadamente escutiforme, que circuita um pequeno terreiro com cerca de 130 metros quadrados. Esta linha de muralhas é reforçada por quatro torreões semi-cilindricos, dois dos quais defendendo a entrada que fica rasgada na face oriental.

Adossada à muralhas do Castelo, pelo lado norte, ergue-se a dominadora torre de menagem que possui uma porta aberta do lado interior, ao nível dos adarves. A porta tem formato ogival , testemunhando assim alguns melhoramentos que foram feitos alguns séculos após a sua contrução, já que este estilo de portas é bem mais recente que a fundação do Castelo.

Ao longo dos anos, com o fim da sua povoação, o Castelo de Arouce foi sendo vítima de natural degradação, tendo sido muito recentemente objeto de obras de restauro empreendidas pela Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais. Ainda assim, essas obras foram apenas no sentido de evitar a ruína, encontrando-se atualmente o mesmo a necessitar de obras de restauro que lhe voltem a conferir a dignidade merecida por um monumento nacional com cerca de dez séculos de história.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TRABALHO E MINORIAS SOCIAIS

Desigualdade social

No mundo em que vivemos percebemos que os indivíduos são diferentes, estas diferenças se baseiam nos seguintes aspectos: coisas materiais, raça, sexo, cultura e outros.
Os aspectos mais simples para constatarmos que os homens são diferentes são: físicos ou sociais. Constatamos isso em nossa sociedade pois nela existem indivíduos que vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeados de coisas luxuosas e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros não sequer o que comer durante o dia.
Por isso vemos que existe a desigualdade social, ela assume feições distintas porque é constituída de um conjunto de elementos econômicos, políticos e culturais próprios de cada sociedade.

Desigualdade social: a pobreza como fracasso

No século XVIII, o capitalismo teve um grande crescimento, com a ajuda da industrialização,  dando origem assim as relações entre o  capital e o trabalho, então o capitalista, que era o grande patrão, e o trabalhador assalariado passaram a ser os principais representantes desta organização.
A justificativa encontrada para esta nova fase foi o liberalismo que se baseava na defesa da propriedade privada, comércio liberal e igualdade perante a lei. A velha sociedade medieval estava sendo totalmente transformada, assim o nome de homem de     negócios era exaltado como virtude, e eram-lhe dadas todas as credenciais uma vez que ele poderia fazer o bem a toda sociedade.
O homem de negócios era louvado ou seja ele era o máximo, era o sucesso total e citado para todos como modelo para os demais integrantes da sociedade, a riqueza era mostrada como seu triunfo pelo seus esforços, diferente do principal fundamento da desigualdade que era a pobreza que era o fator principal de seu fracasso pessoal .
Então os pobres deveriam apenas cuidar dos bens do patrão, maquinas, ferramentas, transportes e outros e supostamente Deus era testemunha do esforço e da dedicação do trabalhador ao seu patrão. Diziam que a  pobreza se dava pelo seu fracasso e pela ausência de graça, então o pobre era pobre porque Deus o quis assim.
O pobre servia única e exclusivamente para trabalhar para seus patrões e tinham que ganhar somente o básico para sua sobrevivência, pois eles não podiam melhorar suas condições pois poderiam não se sujeitar mais ao trabalho para os ricos, a existência do pobre era defendida pelos ricos, pois os ricos são ricos as custas dos pobres, ou seja para poderem ficar ricos eles precisam dos pobres trabalhando para eles, assim conclui-se que os pobres não podiam deixar de serem pobres.

A desigualdade como produto das relações sociais   

Várias teorias apareceram no século XIX criticando as explicações sobre desigualdade social, entre elas a de Karl Marx, que desenvolveu um teoria sobre a noção de liberdade e igualdade do pensamento liberal, essa liberdade baseava-se na liberdade de comprar e vender. Outra muito criticada também foi a igualdade jurídica que baseava-se nas necessidades do capitalismo de apresentar todas as relações como fundadas em normas jurídicas. Como  a relação patrão e empregado tinha que ser feita sobre os princípios do direito, e outras tantas relações também.
Marx criticava o liberalismo porque só eram expressos os interesses de uma parte da sociedade e não da maioria como tinha que ser.
Segundo o próprio Marx a sociedade é um conjunto de atividades dos homens, ou ações humanas, e essas ações e que tornam  a sociedade possível. Essas ações ajudam a organização social, e mostra que o homem se relaciona uns com os outros.
Assim Marx considera as desigualdades sociais como produto de um conjunto de relações pautado na propriedade como um fato jurídico, e também político. O poder de dominação é que da origem a essas desigualdades.
As desigualdades se originam dessa relação contraditória, refletem na apropriação e dominação, dando origem a um sistema social, neste sistema uma classes produz  e a outra domina tudo, onde esta última domina a primeira dando origem as classes operárias e burguesas.
As desigualadas são fruto das relações, sociais, políticas e culturais, mostrando que as desigualdades não são apenas econômicas mas também culturais, participar de uma classe significa que você esta em plena atividade social, seja na escola, seja em casa com a família ou em qualquer outro lugar, e estas atividades ajudam-lhe a ter um melhor pensamento sobre si mesmo e seus companheiros.

As classes sociais

As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo de organização social estabelece as desigualdades, de privilégios e de desvantagens entre os indivíduos.
As desigualdades são vistas como coisas absolutamente  normais, como algo sem relação com produção no convívio na sociedade, mas analisando atentamente descobrimos que essas desigualdades para determinados indivíduos são adquiridos socialmente. As divisões em classes se da na forma que o indivíduo esta situado economicamente e socio-politicamente em sua sociedade.
Como já vimos no capitalismo, quem tinham condições para a dominação  e a apropriação, eram os ricos, quem  trabalhavam para estes eram os pobres, pois bem esses elementos eram os principais denominadores de desigualdade social . Essas desigualdades não eram somente econômicas mas também intelectuais, ou seja o operário não tinha direito de desenvolver sua capacidade de criação, o seu intelecto. A dominação da classe superior, os burgueses, capitalistas, os ricos,  sobre a camada social que era a massa, os operários, os pobres, não era só economica mas também ela se sobrepõe a classe pobre, ou seja ela não domina só economicamente como politicamente e socialmente.


A luta de classes

As classes sociais se inserem em um quadro antagônico, elas estão em constante luta, que nos mostra o caráter antagônico da sociedade capitalista, pois, normalmente, o patrão é rico e dá ordens ao seu proletariado, que em uma reação normal não gosta de recebe-las, principalmente quando as condições de trabalho e os salários são precários.
Prova disso, são as greves e reivindicações que exigem melhorias para as condições de trabalho, mostrando a impossibilidade de se conciliar os interesses de classes.
A predominância de uma classe sobre as demais, se funda também no quadro das práticas sociais pois as relações sociais capitalistas alicerçam a dominação econômica, cultural, ideológica, política, etc.
A luta de classes perpassa, não só na esfera econômica com greves, etc, ma em todos os momentos da vida social. A greve é apenas um dos aspectos que evidenciam a luta. A luta social também está presente em movimentos artísticos como telenovelas, literatura, cinema, etc.
Tomemos a telenovela como exemplo. Ela pode ser considerada uma forma de expressar a luta de classes, uma vez que possa mostrar o que acontece no mundo, como um patrão, rico e feliz, e um trabalhador, sofrido e amargurado com a vida, sempre tentando ser independente e se livrar dos mandos e desmandos do patrão. Isso também é uma forma de expressar a luta das classes, mostrando essa contradição entre os indivíduos.
Outro bom exemplo da luta das classes é a propaganda. As propagandas se dirigem ao público em geral, mesmo aos que não tem condição de comprar o produto anunciado. Mas por que isso?
A propaganda é capaz de criar uma concepção do mundo, mostrando elementos que evidenciam uma situação de riqueza, iludindo os elementos de baixo poder econômico de sua real condição.
A dominação ideológica é fundamental para encobrir o caráter contraditório do capitalismo.

A desigualdade social no Brasil

O crescente estado de miséria, as disparidades sociais, a extrema concentração de renda, os salários baixos, o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a violência, etc, são expressões do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil.
A desigualdade social não é acidental, e sim produzida por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Na economia existem relações que levam a exploração do trabalho e a concentração da riqueza nas mão de poucos. Na política, a população é excluída das decisões governamentais.
Até 1930, a produção brasileira era predominantemente agrária, que coexistia com o esquema agrário-exportado, sendo o Brasil exportador de matéria prima, as indústrias eram pouquíssimas, mesmo tendo ocorrido, neste período, um verdadeiro “surto industrial”.
A industrialização  no Brasil, a partir da década de 30, criou condições para a acumulação capitalista, evidenciado não só pela redefinição do papel estatal quanto a interferência na economia (onde ele passou a criar as condições para a industrialização) mas também pela implantação de indústrias voltadas para a produção de máquinas, equipamentos, etc.
A política econômica, estando em prática, não se voltava para a criação, e sim para o desenvolvimento dos setores de produção, que economizam mão-de-obra. Resultado: desemprego.

Desenvolvimento e pobreza

O subdesenvolvimento latino-americano tornou-se pauta de discussões na década de 50. As proposta que surgiram naquele momento tinham como pano de fundo o quadro de miséria e desigualdade social que precisava ser alterado.
A Cepal (Comissão econômica para a América Latina, criada nessa decada) acreditava que o aprofundamento industrial e algumas reformas sociais criariam condições econômicas para acabar com o subdesenvolvimento.
Acreditava também que o aprofundamento da industrialização inverteria o quadro de pobreza da população. Uma de suas metas era criar meios de inserir esse contingente populacional no mercado consumidor. Contrapunha o desenvolvimento ao subdesenvolvimento e imaginava romper com este último por maio de industrialização e reformas sociais. Mas não foi isso o que realmente aconteceu, pois houve um predomínio de grandes grupos econômicos, um tipo de produção voltado para o atendimento de uma estrita faixa da população e o uso de máquinas que economizavam mão-de-obra.
De fato, o Brasil conseguiu um maior grau de industrialização, mas o subdesenvolvimento não acabou, pois esse processo gerou uma acumulação das riquezas nas mãos da minoria, o que não resolveu os problemas sociais, e muito menos acabou com a pobreza.
As desigualdades sociais são enormes, e os custos que a maioria da população tem de pagar são muito altos. Com isso a concentração da renda tornou-se extremamente perceptível, bastando apenas conversar com as pessoas nas ruas para nota-la.
Do ponto de vista político esse processo só favoreceu alguns setores, e não levou em conta os reais problemas da população brasileira: moradia, educação, saúde, etc. A pobreza do povo brasileiro aumentou assustadoramente, e a população pobre tornou-se mais miserável ainda.


A pobreza absoluta

Quando se fala em desigualdade social e pobreza no Brasil, não se trata de centenas de pessoas, mas em milhões que vivem na pobreza absoluta. Essas pessoas sobrevivem apenas com 1/4 de salário mínimo no máximo!
A pobreza absoluta apresenta-se maior nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Para se ter uma idéia, o Nordeste, em 1988, apresentava o maior índice (58,8%) ou seja, 23776300 pessoas viviam na pobreza absoluta.
Em 1988, o IBGE detectou, através da Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílios, que 29,1% da população ativa do Brasil ganhava até l salário mínimo, e 23,7% recebia mensalmente de l a 2 salários mínimos. Pode-se concluir que 52,8% da população ativa recebe até 2 salários mínimos mensais.
Com esses dados, fica evidente que a mais da metade da população brasileira não tem recursos para a sobrevivência básica. Além dessas pessoas, tem-se que recordar que o contingente de desempregados também é muito elevado no Brasil, que vivem em piores condições piores que as desses assalariados.
As condições de miserabilidade da população estão ligadas aos péssimos salários pagos.

A extrema desigualdade social

Observou-se anteriormente que mais de 50% da população ativa brasileira ganha até 2 salários mínimos. Os índices apontados visam chamar a atenção sobre os indivíduos miseráveis no Brasil.
Mas não existem somente pobres no Brasil, pois cerca de 4% da população é muito rica. O que prova a concentração maciça da renda nas mãos de poucas pessoas.
Além dos elementos já apontados, é importante destacar que a reprodução do capital, o desenvolvimento de alguns setores e a pouca organização dos sindicatos para tentar reivindicar melhores salários, são pontos esclarecedores da geração de desigualdade social.
Quanto aos bens de consumo duráveis (carros, geladeiras, televisores, etc), são destinados a uma pequena parcela da população. A sofisticação desses produtos, prova o quanto o processo de industrialização beneficiou apenas uma pequena parcela da poppulação.
Geraldo Muller, no livro Introdução à economia mundial contemporânea, mostra como a concentração de capital, combinado com a mmiserabilidade, é responsável pelo surgimento de um novo bloco econômico, onde estão Brasil, México, Coréia do Sul, Äfrica do Sul, são os chamados “países subdesenvolvidos industrializados”, em que ocorre uma boa industrialização e um quadro do enormes problemas sociais.
O setor informal é outro fator indicador de condições de reprodução capitalista no Brasil. Os camelôs, vendedores ambulantes, marreteiros, etc, são trabalhadores que não estão juridicamente regulamentados, mas que revelam a especificidade e desigualdade da economia brasileira e de seu desenvolvimento industrial.
Bibliografia: TOMAZI, Nelson Dácio. Iniciação a Sociologia. SP, atual; 1993
Autoria: Pedro Roberto Cardoso

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Vamos lá galerinha do 8º ano...Leiam e comentem....

Deputado denuncia descaso com a saúde pública em Feijó
Publicada: Qui, 14 de Julho de 2011 14:46


O deputado Chagas Romão (PMDB), denunciou na manhã desta quinta-feira, 14, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o que ele classificou como descaso do Governo do Estado, com a saúde pública no município de Feijó.

De acordo com o peemedebista o setor de saúde está completamente abandonado pelo pode público.

“Em Feijó o hospital praticamente não funciona. Quem sofre mais são as mulheres. É preciso que os parlamentares recorram ao Governo do Estado, para intervir na situação calamitosa, já que, no hospital do Estado, não tem anestesista e não tem cirurgião. Os médicos ficam fazendo tentativas para as crianças nascer, colocando em risco a vida das mães”, diz Chagas.

Segundo o deputado, “nós estamos perdendo vidas pelo descaso do Governo do Estado do Acre em Feijó. Uma senhora que entrou em trabalho de parto, morreu ao ser conduzido para o município de Tarauacá, porque o hospital de Feijó, não oferece as mínimas condições. Não adiante saúde itinerante. A saúde tem que ser permanente”, protesta Chagas Romão.

Fonte: ac24horas.com




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

VERTENTES DO SOCIALISMO - 8º ANO


Socialismo utópico
Na verdade, a crítica ao capitalismo é anterior a Marx e aparece já no final do século 18. Alguns autores até acreditavam no sistema capitalista, mas queriam alguns ajustes. O francês Saint Simon, por exemplo, defende um tipo de socialismo planificado, em que o mercado deve ter algum tipo de controle estatal. Já Charles Fourier é contrário a essas ideias e defende um sistema de trabalho em cooperativas, em que os empregados fossem donos das fábricas e repartissem o lucro entre si.

O outro pensador desse período, considerado o pai do socialismo utópico (utopia significa sonho, algo ideal, mas não necessariamente possível) é Robert Owen. Segundo ele, os trabalhadores deveriam se organizar em cooperativas, sem salário, retirando de sua produção aquilo que necessitassem para sua sobrevivência. Como essas ideias pareciam impossíveis de darem certo, aos olhos dos homens daquele período, Owen foi tachado de "socialista utópico".

O Marxismo
Entretanto, o principal elaborador da teoria socialista, que inclusive acabou ganhando também o seu nome, foi o alemão Karl Marx, juntamente com Friedrich Engels, co-autor de grande parte de sua obra. "O Manifesto Comunista", escrito pelos dois em 1848, em meios às revoltas sociais que agitavam a Europa naquele momento, foi a primeira grande manifestação de suas ideias. Como ambos os autores apresentassem uma interpretação da história baseada no que consideravam a constatação de fatos, de acordo com os princípios da ciência da época, o marxismo também é denominado como socialismo científico.

Ao longo do século 20 e até os dias de hoje, o modelo socialista de uma sociedade sem classes e sem propriedade privada ainda está no campo do ideal. Nos países em que foi implantado, o comunismo tentou abolir a propriedade privada, mas não conseguiu eliminar as classes sociais. Os políticos que tomaram conta do Estado nas sociedades comunistas acabaram se tornando uma nova classe social, privilegiada em comparação ao restante da população.

Além disso, constituíram regimes autoritários e violentos, que chegaram a promover verdadeiros massacres entre suas próprias populações. Essa tentativa de aplicação do regime comunista ainda sobrevive em alguns países nos dias atuais, como em Cuba e na China. No entanto, o capitalismo já recomeçou a entrar nestes países e a alterar, gradativamente, seus regimes.

O ANARQUISMO
O anarquismo surgiu na mesma época do socialismo. A primeira teoria anarquista é o fim da propriedade privada, pois segundo alguns autores dessa época,como, Proudhon, diziam que isso era o suicídio da sociedade. A segunda teoria é o fim do estado. A terceira teoria é a crença na liberdade e ordem obtida de forma espontânea, sem a intervenção do Estado através de leis.

Os anarquistas auto-denominados socialistas libertários veem qualquer governo como a manutenção do domínio de uma classe social sobre outra. Compartilham da crítica socialista ao sistema capitalista em que o Estado mantém a desigualdade social através da força, ao garantir a poucos a propriedade sobre os meios de produção, no entanto, estendem a crítica aos socialistas que advogam a permanência de um estado pós-revolucionário para garantia e organização da "nova sociedade".

Para os anarquistas deveria haver uma sociedade sem Estado, equilibrada na ordem, na liberdade de forma voluntária e na disciplina de cada um. O estado seria uma invenção, não existiria, seria algo abstrato, uma ficção, uma mentira, que defenderia apenas as classes mais altas. Entretanto, os anarquistas são a favor de uma organização voluntária, onde as pessoas poderiam e deveriam ter a liberdade sem ter que seguir nenhuma norma partidária. Dessa maneira a comunidade deveria tomar decisões sobre seus interesses, se responsabilizando pelo seu grupo social,ou seja, sem existência do estado e de leis.

O primeiro que revelou ser um anarquista e a defender claramente uma visão socialista, foi Joseph Proudhon, depois dele apareceu Bakunin. Mais tarde apareceram importantes teóricos do anarquismo, com Errico Malatesta, Emma Goldman e Piotr Kropotkin.

SOCIAL DEMOCRACIA
A social-democracia é uma ideologia política de esquerda surgida no fim do século XIX por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem uma revolução, mas por meio de uma evolução democrática. A ideologia social-democrata prega uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário, geralmente tendo em meta uma sociedade socialista. O conceito de social-democracia tem mudado com o passar das décadas desde sua introdução. A diferença fundamental entre a social-democracia e outras formas de socialismo, como o marxismo ortodoxo, é a crença na supremacia da ação política em contraste à supremacia da ação econômica ou determinismo econômico sócio industrial.Isto ocorre desde o século XIX.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CAPITALISMO X SOCIALISMO

Capitalismo x Socialismo.


O capitalismo e o socialismo correspondem a dois tipos distintos de sistemas político-econômicos. Antes do declínio da União Soviética existia o mundo bipolar, no qual havia duas potências mundiais, uma representava a ideologia do socialismo (União Soviética) e a outra, o capitalismo (Estados Unidos), ambas apoiadas por outros países que se identificavam com os respectivos sistemas.

O socialismo tem como base a socialização dos meios de produção, o bem comum a todos e a extinção da sociedade dividida em classes. Já o capitalismo tem como objetivo principal a acumulação de capital através do lucro. Diante das genéricas definições sobre os sistemas apresentados, confira a seguir as principais distinções entre o capitalismo e o socialismo.

PLANO MARSHALL


Plano Marshall: o plano de ajuda dos EUA para a Europa capitalista.

O fim da Segunda Guerra Mundial trouxe à Europa um cenário de devastação material acompanhado pela morte de milhares de pessoas. A crise de valores trazida por esse cenário problemático colocou em cheque qual modelo de desenvolvimento social e econômico poderia satisfazer as demandas dessa terra devastada. As antigas potências européias pareciam ter a oportunidade de se reerguer por meio de uma economia mundialmente liderada pelos EUA, ou adotar as premissas do socialismo soviético.

A nova configuração político-ideológica de caráter aparentemente binário engendraria, depois da Segunda Guerra, os primeiros passos para a Guerra Fria. Os Estados Unidos, representante máximo do sistema capitalista, perceberam que a instabiliade européia poderia transformar o Velho Continente em um novo campo de expansão das doutrinas socialista e comunista. Visando conter esse possível quadro, os EUA resolveram estabelecer o Plano Marshall.

O plano foi conhecido em março de 1947, depois de uma declaração do chefe de Estado dos EUA, general George Catlett Marshall. Segundo o plano, uma quantia de 17 bilhões de dólares seria liberada para que os países europeus reerguessem a sua economia. No entanto, as nações do leste europeu convertidas ao regime socialista não foram beneficiárias desse mesmo plano graças à intervenção política de Joseph Stálin. Tal episódio deixou ainda mais explícito o cenário de clara cisão ideológica.

De forma geral, o dinheiro obtido com o plano de ajuda financeira foi utilizado na compra de combustíveis, máquinas, veículos, matérias-primas, alimentos, rações e fertilizantes. Entre os maiores credores dessa ação estavam a Inglaterra (3,2 bilhões); França (2,7 bilhões); Itália (1,5 bilhão) e Alemanha (1,4 bilhão). Essa ação foi de grande beneficio para os Estados Unidos, que desenvolveu sua economia com a grande demanda gerada pelas nações européias.

Em pouco tempo, os objetivos de recuperação econômica foram alcançados e um novo acordo de cooperação foi estabelecido entre o bloco capitalista europeu e os Estados Unidos. A cooperação econômica foi reconfigurada para um novo acordo de cooperação militar que visava fazer frente a algum possível ataque do bloco socialista. A chamada Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) firmava um acordo de ajuda militar entre os países pertencentes ao bloco capitalista.

O estabelecimento da OTAN não significou a retomada da antiga supremacia política e econômica do Velho Mundo. A partir desse acordo militar, os Estados Unidos visavam garantir os lucros obtidos através da exportação de gêneros agrícolas e industriais. De forma geral, o Plano Marshall e a OTAN instituíram a hegemonia política e econômica dos EUA no mundo.



terça-feira, 8 de novembro de 2011

GUERRA DE SECESSÃO

Guerra de Secessão

  
Guerra de Secessão, a guerra Civil Americana
 Guerra de Secessão: estados do norte contra estados do sul
 Introdução 
A Guerra de Secessão foi um conflito militar que ocorreu nos Estados Unidos, entre os anos de 1861 e 1865. De lado um  ficaram os estados do sul contra os estados do norte.
Causas:

Os estados do sul tinham uma economia baseada no latifúndio escravista e na produção, principalmente de algodão, voltada para a exportação. Enquanto isso, os estados do norte defendiam a abolição da escravidão e possuíam suas economias baseadas na indústria. Esta diferença de interesses deflagrou o conflito.

Guerra

O conflito teve inicio em 1861 através de ações militares do sul. Com duração de cinco anos, a guerra provocou a morte de aproximadamente 600 mil pessoas. Os estados do norte, mais ricos e preparados militarmente, venceram e impuseram seus interesses sobre o país.

Consequências

- A escravidão foi abolida, atendendo aos interesses dos estados do norte. Apesar disso, os negros não tiveram nenhum programa governamental que lhes garantissem a integração social. Após a liberdade, foram marginalizados pela sociedade.

- A região sul foi ocupada militarmente até o ano de 1877.

- O processo de industrialização do norte intensificou-se ainda mais, gerando mais riqueza na região. Por outro lado, o sul passou por uma crise, perdendo influência política.
 

BIOGRAFIA DE GIUSEPPE GARIBALDI

Revolucionário Italiano

Giuseppe Garibaldi

[creditofoto]
Giuseppe Garibaldi lutou no Brasil e teve papel decisivo na unificação italiana
Conhecido como "herói de dois mundos" por ter participado de conflitos na Itália e na América do Sul, dedicou sua vida à luta contra a tirania. Ainda menino, tornou-se marinheiro e conheceu a vida no mar. Aos 25 anos chegou ao posto de capitão da marinha mercante, ao mesmo tempo que se aproximava do movimento "Jovem Itália", que lutava pela independência e unificação dos diversos Estados em que se dividia a península itálica.

Foi condenado à morte e fugiu para a América do Sul, desembarcando no Rio de Janeiro em 1835. Logo, porém, segue para o Rio Grande do Sul e se junta aos republicanos da Revolução Farroupilha, ou Guerra dos Farrapos, destacando-se nos combates às forças imperiais. Juntamente com o general Davi Canabarro, tomou o porto de Laguna, em Santa Catarina, onde proclamaram a República Juliana.

Em Laguna, Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, com quem se casaria. Ela se tornou sua companheira de lutas na América do Sul e na Europa e entrou para a história com o nome de Anita Garibaldi. Pouco antes do fim da Guerra de Farrapos, foi dispensado por Bento Gonçalves de suas missões e mudou-se para o Uruguai.

Naquele país, em 1842, foi nomeado capitão da frota uruguaia na luta contra o ditador argentino Juan Manoel Rosas. No ano seguinte, exerceu papel fundamental na defesa de Montevidéu, impedindo que a cidade fosse tomada pelos argentinos.

Em 1848, Garibaldi voltou à Itália para combater os exércitos austríacos na Lombardia (norte da Itália) e dar início à luta pela unificação italiana. Fracassou na tentativa de expulsar os austríacos e foi forçado a refugiar-se primeiro na Suíça e depois em Nizza (hoje Nice, na França). Visando conquistar Roma ao papado, os liberais italianos marcharam contra aquela cidade e a tomaram. Garibaldi partcipou da campanha com um corpo de voluntários e foi eleito deputado na assembléia constituinte da República Romana.

Contudo, os franceses e os napolitanos cercaram a cidade, visando a restabelecer a autoridade papal. A cidade caiu em 1º. de julho de 1849. Garibaldi recusou um salvo-conduto do embaixador americano e empreendeu uma retirada com 4 mil soldados, sendo perseguido por três exércitos (franceses, espanhóis e napolitanos), que somavam dez vezes o seu número de homens. Ao norte da Itália, o exército austríaco, com 15 mil soldados, também aguardava Garibaldi. Durante os combates, Anita foi morta, em 4 de agosto de 1849.

Condenado ao exílio, Garibaldi morou na África, em Nova York e no Peru. Entretanto, voltou à Itália em 1854, participando da Segunda Guerra de Independência contra os austríacos. O Conde de Cavour, primeiro ministro do Piemonte (norte da Itália), nomeou-o comandante das forças piemontesas e sob seu comando a Lombardia foi tomada à Áustria. Com isso, a Itália do norte estava unificada.

Garibaldi voltou-se então para o centro do país, com o apoio de Vítor Emanuel 2º, rei do Piemonte, e de seu ministro Cavour. No centro da Itália, porém, a política e a diplomacia prevaleceram sobre as armas e os acordos com que Cavour e o rei cederam Nice e Savóia à França foram considerados uma traição por Garibaldi, que decidiu agir por conta própria. Seguiu para o sul, onde conquistou a Sicília e o reino de Nápoles.

Governante absoluto do sul da península, Garibaldi promoveu um encontro de suas tropas com as de Vítor Emanuel, que se tornou o primeiro rei da Itália unificada, ou quase. Ainda faltava libertar Veneza dos Austríacos (1866) e Roma do papa, o que Garibaldi tentou em vão em 1869, sendo derrotado mais uma vez pelos franceses.

Ainda assim, em 1871, uniu-se a eles na guerra Franco-Prussiana, onde venceu algumas batalhas, apesar das quais, a França perdeu a guerra. Não havendo aceitado o título de nobreza e a pensão vitalícia que o rei Vítor Emanuel lhe oferecera,Garibaldi retirou-se para sua casinha na ilha de Caprera, e lá permaneceu até o fim da vida.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

ATIVIDADES COM GABARITO NO FINAL- 8º ANO

ATIVIDADES

Marque a alternativa correta:

1) em que países, durante o século XIX, o movimento nacionalista teve sua maior atuação?

a) Cuba e México
b) Alemanha e China
c) Itália e Cuba
d) Itália e Alemanha

2) qual era a situação política da Alemanha durante o século XIX?

a) ela encontrava-se fragmentada em diversos estados ou reinos que faziam parte da Confederação Germânica.
b) Ela estava totalmente unida em um único reino, que formava a União Germânica.
c) Ela estava com todos os estados unidos, mas a Prússia era o estado de maior destaque.
d) Ela estava dividida entre norte e sul, sendo o norte mais desenvolvido.

3) que recurso Bismarck teve de utilizar para que a Prússia conquistasse o poder:

a) utilizou da diplomacia para conseguir levar a união e supremacia alemã.
b) Implantou uma imagem negativa da Áustria na Confederação, esta atitude irritou os ducados austríacos e culminou na guerra Austro- Prussiana.
c) Usou da tecnologia para fazer a Áustria desistir da Confederação alemã.
d) Utilizou de recursos aristocráticos para levar a Prússia ao poder da Confederação.

4) qual era a situação econômica italiana no XIX?

a) estava em seu apogeu, pois desfrutava o desenvolvimento de suas industrias, isto fazia com que as exportações aumentassem.
b) A economia estava em alta, pois o mercado externo estava em alta.
c) A base da economia era agricultura e pequenas manufaturas,o mercado externo era de difícil acesso, por causa da altas taxas alfandegárias impostas pelos países europeus.
d) O comercio sofreu uma queda com a entrada dos Lombardo, com a comercialização das sedas indiana, japonesa e chinesa.

5) como as idéias nacionalistas se propagaram pela Itália?

a) pelo uso de livros e revistas , onde os ativistas republicanos expunham os ideais do nacionalismo, com o objetivo de resgatar o passado nacional, deixando a população mais consciente.
b) Através da forma armada, por meios de guerras e conquistas territoriais.
c) Pela união da Itália com paises de pensamento voltado para os novos ideais.
d) Pelo interesse dos aristocratas de utilizar o povo nas mudanças no governo.

Gabarito

1) d
2) a
3) b
4) c
5) a

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

POVOS PRÉ COLOMBIANOS


Civilização Maia

O povo maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (região sul do atual México). Viveram nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.

Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos. As cidades formavam o núcleo político e religioso da civilização e eram governadas por um estado teocrático.O império maia era considerado um representante dos deuses na Terra.

A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.

A base da economia maia era a agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação eram muito avançadas. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.

Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço na arquitetura. O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas.

A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.

Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.

Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.



Civilização Asteca

Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.

A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).

Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.

 Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.

O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas.

A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.

Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.

Civilização Inca


Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.

O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.

Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.

Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.

A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).

Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem : o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.



domingo, 30 de outubro de 2011

GLOBALIZAÇÃO

                Globalização: contatos comerciais, culturais, financeiros e tecnológicos em nível global
O que é Globalização - Definição
Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.

O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.

Origens da Globalização e suas Características
Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica.

Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc.

Uma outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas, produzem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por países onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e comercializado em diversos países do mundo.

Bolsa de valores: tecnologia e negociações em nível mundial.
Para facilitar as relações econômicas, as instituições financeiras (bancos, casas de câmbio, financeiras) criaram um sistema rápido e eficiente para favorecer a transferência de capital e comercialização de ações em nível mundial..

Investimentos, pagamentos e transferências bancárias, podem ser feitos em questões de segundos através da Internet ou de telefone celular.

Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas décadas de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e social.

Blocos Econômicos e Globalização
Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros. Neste contexto, surgiram a União Européia, o Mercosul, a Comecom, o NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico, consegue mais força nas relações comerciais internacionais.


Internet, Aldeia Global e a Língua Inglesa
Como dissemos, a globalização extrapola as relações comerciais e financeiras. As pessoas estão cada vez mais descobrindo na Internet uma maneira rápida e eficiente de entrar em contato com pessoas de outros países ou, até mesmo, de conhecer aspectos culturais e sociais de várias partes do planeta. Junto com a televisão, a rede mundial de computadores quebra barreiras e vai, cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as idéias, formando assim uma grande Aldeia Global. Saber ler, falar e entender a língua inglesa torna-se fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar.




quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MODOS DE PRODUÇÃO

Introdução
Quando vamos a um supermercado e compramos gêneros alimentícios, bebidas, calçados, material de limpeza, etc., estamos adquirindo bens. Da mesma forma, quando pagamos a passagem do ônibus ou uma consulta medica, estamos pagando um serviço.
Ao viverem em sociedade, as pessoas participam diretamente da produção, da distribuição e do consumo de bens e serviços, ou seja, participam da vida econômica da sociedade. Assim, o conjunto de indivíduos que participam da vida econômica de uma nação é o conjunto de indivíduos que participam da produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Ex: operários quando trabalham estão ajudando a produzir, quando, com o salário que recebem, compram algo, estão participando da distribuição, pois estão comprando bens e consumo. E quando consomem os bens e os serviços que adquiriram, estão participando da atividade econômica de consumo de bens e serviços.

Modos de Produção

O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade.
Modo de produção = forças produtivas + relações de produção
Portanto, o conceito de modo de produção resume claramente o fato de as relações de produção serem o centro organizador de todos os aspectos da sociedade.

Modo de produção primitivo:

O modo de produção primitivo designa uma formação econômica e social que abrange um período muito longo, desde o aparecimento da sociedade humana. A comunidade primitiva existiu durante centenas de milhares de anos, enquanto o período compreendido pelo escravismo, pelo feudalismo e pelo capitalismo mal ultrapassa cinco milênios.
Na comunidade primitiva os homens trabalhavam em conjunto. Os meios de produção e os frutos do trabalho eram propriedade coletiva, ou seja, de todos. Não existia ainda a idéia da propriedade privada dos meios de produção, nem havia a oposição proprietários x não proprietários.
As relações de produção eram relações de amizade e ajuda entre todos; elas eram baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção, a terra em primeiro lugar.
Também não existia o estado. Este só passou a existir quando alguns homens começaram a dominar outros. O estado surgiu como instrumento de organização social e de dominação.

Modo de produção escravista:

Modo de produção escravista
Moenda
Na sociedade escravista os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, assim como um animal ou uma ferramenta.
Assim, no modo de produção escravista, as relações de produção eram relações de domínio e de sujeição: senhores x escravos. Um pequeno número de senhores explorava a massa de escravos, que não tinham nenhum direito.
Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravos), dos meios de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto de trabalho.


Modo de produção asiático:

Modo de produção asiático
Escravos no Egito Antigo
O modo de produção asiático predominou no Egito, na China, na Índia e também na África do século passado.
Tomando como exemplo o Egito, no tempo dos faraós, vamos notar que a parte produtiva da sociedade era composta pelos escravos, que era forçados, e pelos camponeses, que também eram forçados a entregar ao Estado o que produziam. A parcela maior prejudicando cada vez mais o meio de produção asiático.
Fatores que determinaram o fim do modo de produção asiático:
• A propriedade de terra pelos nobres;
• O alto custo de manutenção dos setores improdutivos;
• A rebelião dos escravos.

Modo de produção feudal:

Modo de produção feudal
A sociedade feudal era constituída pelos senhores x servos. Os servos não eram escravos de seus senhores, pois não eram propriedade deles. Eles apenas os serviam em troca de casa e comida. Trabalhavam um pouco para o seu senhor e outro pouco para eles mesmos.
Num determinado momento, as relações feudais começaram a dificultar o desenvolvimento das forças produtivas. Como a exploração sobre os servos no campo aumentava, o rendimento da agricultura era cada vez mais baixo. Na cidade, o crescimento da produtividade dos artesãos era freado pelos regulamentos existentes e o próprio crescimento das cidades era impedido pela ordem feudal.Já começava a aparecer às relações capitalistas de produção.

Modo de produção capitalista:

Modo de produção capitalista
O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção (trabalho assalariado). As relações de produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho servil do feudalismo. O capitalismo é movido por lucros, portanto temos duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

ÁFRICA - GALERINHA DO 9º ANO

Na África, pobre está cada vez mais pobre
Entre 1990 e 2001, a renda da população miserável caiu de 62 para 60 centavos de dólar; número de pessoas na pobreza aumentou

A proporção de pobres na região mais pobre do planeta, a África, aumentou na última década, deixando o continente ainda mais distante de cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015, abrangendo áreas como renda, saúde e educação. Um estudo divulgado pela ONU, intitulado Relatório 2005 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, aponta que na África Subsaariana (região que exclui o norte do continente) 46,4% da população vivia em 2001 com menos de um dólar por dia. Em 1990, eram 44,6%.

Se não bastasse o aumento, essa parcela de miseráveis ficou ainda mais pobre. No período, a renda média diária caiu de 62 centavos para 60 centavos de dólar. Em 2001, a África Subsaariana atingiu uma população de 313 milhões de miseráveis, o que representa um acréscimo de 86 milhões de pessoas em relação a 1990.

De acordo com o relatório, lançado na quinta-feira, o agravamento da pobreza na região africana está ligado a três principais fatores: “cresce o número de pessoas que não conseguem ter oportunidades de emprego, a agricultura está estagnada e a Aids atinge brutalmente as pessoas em seus anos mais produtivos".

Em relação às outras regiões pesquisadas no relatório, a África Subsaariana é a que tem maior porcentagem de pobres em sua população (46,4%). Em seguida, bem mais abaixo, aparece o Sudeste Asiático (29,9%), seguido pelo leste da Ásia (16,6%). No total, aproximadamente um bilhão de pessoas, ou uma em cada seis, vivem abaixo da linha de pobreza no mundo, o que representa um grande desafio no cumprimento dos Objetivos do Milênio, estabelecidos em 2000.

"Em vários sentidos, este ano o desafio será muito maior do que no ano 2000. Em vez de apenas estabelecer objetivos, agora os líderes mundiais precisam definir um plano de ação para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", comentou o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em referência à Cúpula de Setembro, que reunirá este ano os líderes mundiais para fazer um balanço parcial sobre o desempenho do mundo nos Objetivos.

América Latina

O relatório da ONU analisou oito regiões. A pobreza teve redução em quatro delas, três na Ásia e a América Latina e o Caribe. Em 1990, a região da América Latina e do Caribe tinha 11,3% de sua população vivendo com menos de um dólar por dia. Onze anos depois, a parcela recuou para 9,5% — uma queda de 15,9%. No mesmo período, a redução no Sudeste Asiático foi maior, de 24,1%, assim como no leste asiático (49,6%) e sul da Ásia e Oceania (47,95%).

A pobreza aumento não só na África Subsaariana, mas também nas ex-repúblicas soviéticas e no Leste Europeu.



RESULTADO DAS AVALIAÇÕES DO 3º BIMESTRE - 6º ANO "B"

NÚMERO         NOTA BIMESTRAL
01                                8,0
02                                7,0
03                                8,5
04                                9,0
05                                9,0
06                                8,0
07                                8,0
08                                7,5
09                                8,0
10                                9,5
11                                9,0
12                                7,0
13                                7,5
14                                 T3
15                                6,5
16                                9,5
17                                8,5
18                                8,0
19                                8,0
20                              10,0
21                                8,0
22                                9,5
23                                9,5
24                                4,0
25                                7,5
26                                9,0
27                                8,5
28                                7,5
29                                6,5
30                              10,0
31                              10,0
32                                7,0
33                                8,0
34                              10,0
35                                6,5
36                                9,0