segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Censura nas novelas: o que você não viu na TV

Durante 20 anos, criações artísticas sofreram com a Censura. Nem as meladas telenovelas escaparam da tesoura dos militares: cenas de sexo, homossexualismo, críticas à Igreja e, é claro, ao governo eram cortadas

por Maria Fernanda Almeida

Era a noite de quarta-feira, 27 de agosto de 1975. Em pleno Jornal Nacional, da Rede Globo, o apresentador Cid Moreira informava que a novela Roque Santeiro, de Dias Gomes, que estrearia após o telejornal, não iria mais ao ar. Fora proibida pela Censura. Em menos de dois minutos, ele leu um texto dizendo que a novela era uma “ofensa à moral, à ordem pública e um achincalhe à Igreja”. E ponto final: estava cancelada. No lugar dela, às oito da noite (naquele tempo a novela das 8 começava às 8h mesmo), os cerca de 40 milhões de pessoas que se acotovelavam diante de seus televisores começaram a assistir a uma reprise resumida da novela Selva de Pedra. A proibição de Roque Santeiro – que seria regravada e exibida 10 anos depois, em 1985 – é só mais um capítulo, talvez o mais radical, da história da censura às telenovelas brasileiras durante a ditadura militar (1964-1985).

O início dessa verdadeira novela foi o Ato Institucional número 5, imposto em 13 de dezembro de 1968, que deu início ao período conhecido como “anos de chumbo”. A partir do AI-5, todas as produções artísticas deviam passar pela avaliação prévia da Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), órgão ligado ao Ministério da Justiça. Peças de teatro, filmes, letras de músicas e programação de rádios e TVs só eram liberados após o exame dos censores. No caso dos programas televisivos, a DCDP não determinava só em que horário as produções iriam ao ar e a classificação etária. “Muitas vezes, mutilavam a obra, cortando diálogos ou vetando trechos inteiros”, diz Renata Pallottini, professora do Núcleo de Pesquisa de Telenovela da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

As questões políticas não eram o único alvo dos censores. “A maioria das novelas caía no que se chamava de ‘defesa da moral e dos bons costumes’. Menções ao divórcio, adultério e homossexualismo eram vetadas”, afirma Renata. Outras vezes, os censores simplesmente não gostavam da trama ou do rumo que a história estava tomando – e dá-lhe tesoura! “Não tinha lógica nem critério. Fui censurado por coisas que jamais entendi”, diz Lauro César Muniz, autor de novelas como Escalada e Casarão.

Segundo a historiadora Beatriz Kushnir, da Universidade Federal Fluminense, a DCDP recebia cartas de diversos estados, solicitando que cenas ousadas fossem proibidas. Um exemplo eram as Senhoras de Santana, uma associação que reunia mulheres católicas do tradicional bairro paulistano: quando achavam que um programa continha cenas ousadas ou palavrões, enviavam abaixo-assinados pedindo mais rigor nos cortes. De acordo com a historiadora, muitos censores que ela entrevistou para seu livro Cães de Guarda: Jornalistas e Censores, do AI-5 à Constituição de 1988 lembravam que existia um grupo de mulheres, esposas de ministros e generais, que eram as primeiras a assistir filmes e novelas – já fazendo observações sobre o que deveria ser cortado.

O roteiro da censura das novelas era monótono. Inicialmente, a sinopse e o texto dos capítulos eram enviados para a DCDP estadual, onde grupos de no mínimo três censores os analisavam e, munidos de manuais de censura, “corrigiam” os textos. Diálogos, trechos e capítulos inteiros podiam ser vetados. Às vezes, eles chegavam ao cúmulo de sugerir conversas diferentes para os personagens. Só quando os textos eram liberados (se o fossem), a emissora era autorizada a gravar.

Com os capítulos prontos, as redes de TV ainda tinha que submeter as imagens para nova avaliação dos censores, que só aí emitiam a decisão final da liberação ou veto. Todo o processo demorava até duas semanas. E podia custar caro. No caso de Roque Santeiro, 53 capítulos estavam escritos, 36 já tinham sido gravados e dez estavam completamente editados e sonorizados (para se ter uma idéia, um capítulo de novela custa hoje cerca de 100 mil reais para a Globo). Era natural que, com o tempo, as próprias emissoras acabassem se “autocensurando” para evitar prejuízos. “A Censura estava atenta e a Globo sempre pedia a minha atenção”, diz Manoel Carlos, autor de novelas que, nos anos 70, dirigia o Fantástico, programa da emissora (veja o depoimento dele e de outros autores nas páginas seguintes). História teve acesso a alguns documentos inéditos que mostram a censura nas novelas – a papelada está no Arquivo Nacional de Brasília. Leia a seguir algumas das tramas censuradas que você jamais pôde assistir na TV.

Irmãos Coragem

Sob a batuta do presidente Emílio Garrastazu Médici – que assumira em 1969 afirmando que redemocratizaria o país – corriam os anos que o jornalista Elio Gaspari chamou de “ditadura escancarada”. A repressão aos opositores do regime chegava ao auge, enquanto o governo tentava criar a imagem de um país unido e orgulhoso. Em 1970, cerca de 28 milhões de brasileiros assistiam todas as noites na TV à luta dos garimpeiros João e Jerônimo Coragem (Tarcísio Meira e Cláudio Cavalcanti, respectivamente) contra abusos de poder de latifundiários corruptos (Duda, o terceiro dos irmãos do título, interpretado por Cláudio Marzo, era jogador de futebol). A trama de Janete Clair tinha forte teor político e, por conta das mãos censoras da DCDP, os telespectadores deixaram de ver bastante coisa: de cenas de violência a palavras consideradas impróprias – como “aporrinha”, que iria ao ar no capítulo 166, e “arrombado”, do capítulo 169. A Censura não gostou do enredo, que, segundo um relatório, tinha “imagens negativas” e “diálogos de baixa cultura”. E implicou com a classificação da novela – na época, liberada para maiores de 12 anos. Num parecer de 29 de novembro de 1970, um censor concluiu que Irmãos Coragem deveria ser, “no mínimo”, imprópria para menores de 16 anos.

O Bem Amado

Quando, em 1973, a Globo lançou sua primeira novela em cores, O Bem Amado, o Brasil vivia seu “milagre econômico” – desde o fim dos anos 60, o país crescia cerca de 12% ao ano. Mas a história de Dias Gomes estava longe de celebrar o fato: mostrava um político corrupto, Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), que enganava um sofrido povoado nordestino. Após uma análise dos capítulos 110 a 113, a DCDP descobriu o óbvio: “As situações afloradas, pelo seu duplo sentido, a essa altura dos acontecimentos, podem ser claramente interpretadas como alusivas à conjuntura nacional”.

Atrás de “duplos sentidos”, os censores não descansaram: cortaram do roteiro uma cena em que o personagem Zeca Diabo (pistoleiro vivido por Lima Duarte) aparecia acometido de bicho do pé. Na lógica dos militares, a falta de saneamento básico não combinava com um país que se desenvolvia rapidamente. O problema de Zeca Diabo acabou sendo substituído por uma gripe.

Desde o começo, os hábitos dos personagens de O Bem Amado desagradaram aos censores. Num documento que analisa os capítulos de 1 a 8, eles afirmam que Odorico não passava de um “velho conquistador” e “cheio de amantes”. Telma (Sandra Bréa), sua filha, era “moça libertina” e “adepta do amor livre”. A partir daí, a trama foi classificada como “desaconselhável para um público menor de 16 anos” – e passou a ser exibida às 22h.

Escalada

Ao ambientar sua novela Escalada na Brasília dos anos 1960, Lauro César Muniz acabou ganhando um problema e tanto. A Censura o proibiu de citar o nome do fundador da cidade, o ex-presidente Juscelino Kubitschek, cujos direitos políticos haviam sido cassados pela ditadura. “A única coisa que consegui foi fazer com que o personagem Horácio, vivido por Otávio Augusto, assobiasse ‘Peixe Vivo’, canção que fizera parte das campanhas políticas de JK”, diz Muniz.

No entanto, a maioria das cenas censuradas em Escalada, que foi ao ar em 1975, não tinha nada a ver com política. A DCDP invocou mesmo foi com o triângulo amoroso envolvendo Marina (Renée de Vielmond), uma mulher casada prestes a se divorciar, e o casal Cândida (Suzana Vieira) e Antônio Dias (Tarcísio Meira). O caso de adultério foi visto como uma má influência para as famílias brasileiras e classificado como “discussão estéril que leva à instabilidade conjugal”. Cenas do romance entre Antônio e Marina foram excluídas, por exemplo, dos capítulos 136 e 139.

Roque Santeiro

Na presidência do general Ernesto Geisel, iniciada em 1974, havia no ar a promessa de promover a abertura do regime com uma “distensão lenta, gradual e segura”. Isso significaria o fim da censura, a investigação dos casos de tortura e maior participação da sociedade civil na política. Contrariando essas promessas, a linha dura voltou a agir com violência em 1975 (matando, entre outros, o jornalista Vladimir Herzog). Na TV, o que se viu foi o primeiro caso de censura total a uma novela brasileira. Era A Fabulosa Estória de Roque Santeiro e sua Viúva, a que Era Sem Nunca Ter Sido. Os 36 capítulos gravados, que haviam sido liberados pela Censura após muitos cortes, acabaram proibidos no dia da estréia. “Roque Santeiro é uma história de hipocrisia clerical, na qual uma cidade vive de explorar o misticismo das pessoas. Apesar de a proibição parecer moralista, nesse caso, o cunho político pesou mais”, afirma Renata Pallottini.

Havia uma predisposição para censurar a novela, já que seu autor, Dias Gomes, era egresso do Partido Comunista Brasileiro. Além disso, a trama era uma adaptação de sua peça teatral O Berço do Herói, proibida desde 1965. E o texto de Roque Santeiro, de fato, trazia algumas alfinetadas na ditadura. O personagem Roberto Mathias (interpretado por Denis Carvalho), por exemplo, foi proibido de dizer: “E, quando a gente reclama melhores condições de vida para o ator, dizem que a gente é agitador, subversivo”. Até a censura era criticada, já que Porcina (Betty Faria), a viúva do título, exigia revisar o roteiro de um filme que fazia referências a ela – para desgosto do diretor Gérson do Valle (André Valli).

Dez anos mais tarde, uma nova versão de Roque Santeiro foi liberada pela Censura, num momento histórico da telenovela no Brasil – enquanto isso, na política, os militares deixavam o poder. Ainda assim, o texto recebeu severas tesouradas, principalmente em assuntos relacionados aos “bons costumes”. A grande vítima foi o cavaleiro João Ligeiro (Maurício Mattar): ainda que discretamente, o personagem demonstrava ser homossexual, algo inaceitável para os censores. “Tive que matar o personagem, o que não estava previsto”, diz Aguinaldo Silva, que escreveu boa parte dos capítulos da Roque Santeiro que foi ao ar em 1985.

Pecado Capital

Depois do compacto de Selva de Pedra, colocado às pressas no ar para substituir a proibida Roque Santeiro, autores, diretores e elenco reuniram-se e comprometeram-se a produzir uma novela em tempo recorde. Nascia um grande sucesso: Pecado Capital, de Janete Clair. “A gente queria mostrar uma obra tão boa quanto Roque Santeiro, para o governo perceber que não era proibindo que derrubaria boas idéias”, afirma a atriz Ilva Niño, que fez o papel de Alzira. Mas a temática, dessa vez, passou longe da política: a novela abordava problemas familiares e conflitos psicológicos.

A Censura, inicialmente, jogou Pecado Capital para o horário das 22h – a novela era criticada por poder causar más influências aos menores de 16 anos. Para que ela pudesse ser veiculada às 20h, diversas cenas foram cortadas. Uma delas retratava uma crise nervosa da personagem Vilma (Débora Duarte): depois de brigar com o cunhado, ela ia para a janela recitar trechos de O Pequeno Príncipe. Para completar, a moça desvairada discutia com seu psiquiatra. Em relatório de 19 de novembro de 1975, os censores chegaram à conclusão de que essa cena produziria “reflexos negativos numa platéia imatura e numa difícil fase de transição que é a puberdade”.

Vale Tudo

Você se lembra da cena em que Helena (Renata Sorrah), Cecília (Lala Deheinzelin) e Laís (Cristina Prochaska) conversaram sobre a homossexualidade feminina em Vale Tudo? Com certeza não – ela foi totalmente vetada pela Censura. O motivo? Nela a relação amorosa entre Cecília e Laís era tratada “como uma opção natural de vida que deve ser aceita sem nenhum preconceito” – um absurdo, segundo os censores. Rompantes de moralismo como esse, que mutilaram o capítulo de 11 de julho de 1988, foram os últimos suspiros da Censura no Brasil. Em novembro do mesmo ano, foi promulgada a nova Constituição, que baniu a prática no país.
É verdade que a censura já tinha afrouxado quando o assunto era política, desde a saída dos militares do poder, após a posse de José Sarney em 1985. Assim, Vale Tudo pôde fazer uma crítica escancarada à crise econômica e à falta de ética no país. Todos os dias, na abertura da novela, Gal Costa cantava os versos ácidos de “Brasil” – entre eles “o meu cartão de crédito é uma navalha”. Vivendo o ocaso de seu poder, os censores liberaram Vale Tudo para o horário das 20h – limitando-se a cortes pontuais envolvendo palavrões e cenas de sexo.
Manoel Carlos
Conteúdo de entrevistasera vigiado de perto
“Durante a ditadura militar, tive problemas com a Censura por conta de entrevistas em programas que eu então dirigia, como o de Bibi Ferreira e o de Hebe Camargo, nas TVs Excelsior e Record, respectivamente. Ainda na década de 70, como diretor geral do Fantástico, também recebi várias recomendações da direção da Globo para que tivesse cuidado com depoimentos de convidados, números musicais ousados e textos muito fortes. A Censura estava atenta e a Globo pedia a minha atenção.”
Lauro César Muniz
Censura não usavaargumentos lógicos
“A censura era canhestra, mesquinha, burra. Como dialogar com as toupeiras que tinham o poder de impedir nossa livre expressão? Não tinham argumentos objetivos, lógicos, nem de tipo nenhum. Era: ‘isso não pode mesmo’, ‘nosso regime tem uma clareza do que é nocivo para o público’... Tive trabalhos inteiros censurados. E muitas cenas de novelas cortadas: briga entre casais, sugestão de sexo entre personagens não casados e seqüências julgadas politicamente indesejáveis.”
Aguinaldo Silva
Conversa de mulhercom gato? Não pode!
“Conheci a censura de televisão em 1978. A partir daí, vivi momentos de grande frustração – o maior foi em 1980, com a minissérie Bandidos da Falange, proibida por três meses. Consegui burlar a Censura uma vez, num episódio da série Plantão de Polícia sobre um assassino serial que matava homossexuais. Escalamos o Cláudio Marzo para o elenco. E deu certo! A história foi liberada – para a Censura, um galã fazendo um homossexual só podia ser brincadeira. Mas, em geral, não dava para passar a perna nos censores – nós nem entendíamos o que eles queriam. Lembro que cortaram de uma história minha cenas em que a empregada falava com um gato. Fui a Brasília saber a razão. A censora responsável disse: ‘Uma pessoa que conversa com um gato? É claro que vocês estão querendo passar alguma mensagem’. Os cortes foram mantidos. E continuei perplexo.“
Profissão: censor
Eles faziam até cursode aperfeiçoamento
Quem decidia o que os brasileiros podiam ver na TV era um grupo de funcionários públicos ligado à Polícia Federal. Seus instrumentos de trabalho eram tesoura, caneta vermelha e carimbo – com a inscrição “vetado”. Foram realizados seis concursos para censor, entre 1974 e 1985 (antes, o cargo era preenchido por indicação). Para participar deles, o candidato deveria ser brasileiro e ter curso superior em áreas como Ciências Sociais ou Psicologia. As oito horas diárias de trabalho do censor eram divididas entre leitura dos roteiros e cursos de aperfeiçoamento, em que estudavam Direito e técnicas de censura. No manual do censor de novelas, algumas palavras eram proibidas, como as que se referiam às Forças Armadas (“capitão” e “coronel”) e as que podiam ser interpretadas como críticas ao governo (“agitador” e “comunista”). “No governo democrático, a Censura se preocupa mais com a moral e os bons costumes. Já no ditatorial, ela é desvirtuada e se transforma em instrumento de repressão política”, diz Coroliano Fagundes, chefe da Censura Federal no governo Sarney e o primeiro censor a ser nomeado, em 1961. “O fim da Censura foi um retrocesso, que tem levado este país a uma crise moral cada vez maior.”
Saiba mais
Livro
Cães de Guarda: Jornalistas e Censores, do AI-5 à Constituição de 1988, Beatriz Kushnir, Boitempo Editoral, 2004 - Traz um completo histórico da censura no Brasil. Inclui ainda depoimentos de censores.

Acidente envolvendo motociclistas na Av. Castelo Branco



Na manhã desta segunda-feira (28), registramos um acidente entre duas motocicletas na Av. Castelo Branco nas proximidades do Terminal Rodoviário Francisco Marreco, segundo informações de populares uma das motocicleta invadiu a preferencial, enquanto a outra seguia sentido bairro centro. As duas vítimas sofreram várias escoriações pelo corpo e foram atendidas pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levados ao Hospital Ary Rodrigues em estado estável.


Fotos e Texto: Blog do Maykon

domingo, 27 de fevereiro de 2011

EU RECOMENDO..."CORAÇÕES DE BORRACHA"

Livro do jornalista Silvio Martinello denuncia atrocidades contra acreanos


A maioria da boa escrita é multi-facetada e complexa. É precisamente essa diversidade e complexidade que faz da literatura uma atividade recompensatória e estimulante. Em Corações de Borracha, do jornalista e escritor Silvio Martinello, a narrativa se constrói entre ficção e história. Verossimilhança com a própria história dos antepassados dos acreanos?

Martinello propõe : "Este livro é, pois, antes de qualquer coisa, um libelo e uma denúncia contra as atrocidades que foram cometidas contra esses brasileiros e contra o desprezo e o esquecimento com que foram jogados na vala da História".

Corações de Borracha pode exigir mais dos leitores: consciência das coisas implicadas em vez de meramente descritas, sensibilidade às nuances da linguagem, paciência com situações ambíguas e personagens complicadas, vontade de pensar mais profundamente, resgatar a identidade acreana. O esforço vale a pena, pois o autor pode proporcionar aos leitores aventuras que ficam na memória para toda a vida.

"É preciso debater sempre. Não só a tragédia, mas a redenção. E isso se faz pelo confronto das ideias, pelo exercício da democracia, a partir do povo e lideranças regionais. Sem xenofobismos, mas também sem ir a reboque", diz Sílvio Martinello.

Silvio Martinello, 56 anos, catarinense de Criciúma, é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero há 30 anos, dos quais 28 trabalhando no Acre. Foi um dos fundadores do jornal alternativo Varadouro, um jornal das selvas. Atualmente, é diretor do jornal A GAZETA. Em 2000, recebeu Menção Honrosa do Prêmio Embratel e, no mesmo ano, o Prêmio Esso Regional, com o trabalho Censura Não. Em 2003, lançou seu primeiro livro A Ilha da Consciência. É torcedor fanático do Botafogo e do Floresta Futebol Clube.

Onde adquirir o livro: Livraria Paim - Rua Rio Grande do Sul, 311- (068) 3224-3432





Vestibular da Ufac cancelado

Por determinação do juiz federal, Alexandre Jorge Pontes, o vestibular da Universidade Federal do Acre está suspenso.


A decisão foi baseada na ação civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), a qual aponta uma série de irregularidades durante a realização das provas, em novembro do ano passado.

DA redação de ac24horas
Rio Branco, Acre

Machu Pichu

Machu Pichu também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.

Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais

Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, porém a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.

O Peru é o berço de uma das civilizações mais interessantes e intrigantes da história, os Incas. Atualmente, as marcas desse incrível povo estão espalhadas pelo país, representadas nas sagradas ruínas de Machu Picchu, nos templos grandiosos e na natureza exuberante de Ica.

A 7 de Julho de 2007, em Lisboa, no estádio da Luz em Portugal, o monumento foi eleito e considerado oficialmente como uma das 7 maravilhas do Mundo.



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Protestos no Iraque por melhores serviços deixam 10 mortos

BAGDÁ (Reuters) - Milhares de iraquianos saíram às ruas nesta sexta-feira em todo o país no 'Dia de Fúria' em protesto contra a corrupção e a falta de serviços básicos. Ao menos 10 pessoas morreram em confrontos com forças de segurança.
Outras pessoas ficaram feridas em um tumulto quando os manifestantes tentaram atacar prédios do governo, e guardas atiraram para tentar dispersá-los.
Não há relatos de ataques insurgentes contra os manifestantes, apesar de o primeiro-ministro Nuri al-Maliki ter advertido que militantes da rede Al Qaeda e outros poderiam tentar interromper os protestos.
Maliki prometeu não ignorar as exigências dos manifestantes.
'Gostaria de assegurar a todas as nossas pessoas que nada do que eles protestaram será em vão', disse ele em comunicado. 'Vou acompanhar pessoalmente a implementação de todos os assuntos sob minha autoridade como primeiro-ministro.'
Os confrontos mais violentos entre manifestantes e forças de segurança ocorreram em áreas conturbadas de Hawija e Mosul, no norte e no sul de Basra.
As manifestações foram inspiradas nas revoltas que varrem outros países do mundo árabe, embora no caso iraquiano o foco não seja reivindicar a mudança do regime.
Com cartazes e bandeiras iraquianas, centenas de pessoas afluíram à praça Tahrir, em Bagdá, que estava sob forte segurança. A ponte Jumhuriya, perto dali, foi bloqueada, e veículos foram proibidos de circular na capital.
'Estamos aqui para mudar para melhor a situação do país. O sistema educacional é ruim. O sistema de saúde também é ruim. Os serviços vão de mal a pior', disse Lina Ali, 27 anos, que participa de um grupo juvenil de protesto no Facebook.
'Não há água potável, não há eletricidade. O desemprego está crescendo, e isso pode empurrar os jovens para atividades terroristas', disse ela.
Oito anos depois da invasão norte-americana que depôs o presidente Saddam Hussein, o desenvolvimento no Iraque continua lento, e há escassez de alimentos, água, eletricidade e empregos.
'Nossa manifestação é pacífica', disse Ali, segurando um ramalhete de flores. 'Queremos que o governo ouça nossas vozes, o governo que escolhemos. Eles deveriam oferecer serviços ao povo. Outros países estão pressionando pela mudança, então por que ficaríamos em silêncio?'
Os protestos desta sexta-feira foram organizados principalmente por meio da rede social Facebook, a exemplo do que aconteceu com as manifestações que acabaram derrubando os governos da Tunísia e Egito nas últimas semanas.
Cidades grandes e pequenas do Iraque vêm registrando um aumento nos protestos desde o começo do ano. Várias pessoas já foram mortas e feridas em confrontos envolvendo manifestantes e forças de segurança.

Por Khalid al-Ansary

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

21/FEVEREIRO - Marx publica o seu manifesto - 21/02/1848

Neste dia, Karl Marx com o auxílio de Friedrich Engels , publica em Londres O manifesto comunista. Karl Marx nasceu na Prússia, em 1818, filho de um advogado judio convertido ao Luteranismo. Depois de se mudar para Paris em 1843 iniciou a sua carreira como líder intelectual do movimento comunista. Ao ser expulso de França instalou-se em Bruxelas, onde escreveu O manifesto comunista. O tratado inicia-se com palavras teatrais: "Um espectro sobrevoa a Europa: o espectro do comunismo", e termina declarando: "Os proletários não têm nada que perder exceto as correntes. Têm um mundo por ganhar. Trabalhadores do mundo, uni-vos!". Instalou-se em Londres, onde ele e a sua família viveram na pobreza enquanto continuava a publicar seus textos. Elaborou a sua maior obra, O capital, que profetizava a inevitável autodestruição do sistema capitalista e converteu-se na base fundacional do comunismo internacional. Morreu pobre, mas as suas ideias permanecem ao longo de todo o século XX.


Descoberta da causa da morte de Tutnkamon

Tutankamon morreu de malária e de infecção óssea.



Após 2 anos de estudo pesquisadores descobriram que o mais famoso faraó do Egito antigo, Tutankamon, morreu de malária e infecção óssea.

Rosto de Tutankamon mumificado

O estudo realizado entre setembro de 2007 e outubro de 2009 tinha inicialmente por objetivo determinar os vínculos de parentesco e de sangue, e também a existência de características patológicas hereditárias entre Tutankamon e as outras 10 múmias analisadas, sendo estas, aparentemente membros da família real da XVIII dinastia, explica Zahi Hawass, membro do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, responsável pelas antiguidades egípcias no museu do Cairo e principal autor do estudo.


Ao utilizarem vários métodos científicos como tomografias e análises do DNA da múmia do faraó, encontrada em 1922, na realização deste estudo, os pesquisadores chegaram a conclusão que o jovem e lendário faraó Tutankamon, que morreu de forma misteriosa aos 19 anos de idade e há mais de três mil anos, tinha a saúde frágil e uma rara doença que enfraquecia os ossos, o estudo revelou ainda que dias antes de morrer o faraó sofreu uma queda e fraturou a perna esquerda.

"Estes resultados permitem pensar que uma circulação sanguínea insuficiente dos tecidos ósseos, que debilitou e destruiu parte da ossatura, combinada com malária, foi a causa mais provável da morte de Tutankamon", explica Zahi Hawass, com trabalhos divulgados no jornal da Associação Médica americana (Jama) na edição de 17 de fevereiro.

A partir dos exames realizados foi revelado que a família de Tutankamon possuía uma série de más-formações, como a doença de Köhler que destrói as células ósseas e, também a presença de genes vinculados ao parasita Plasmodium falciparum, responsável pela malária em quantro múmias estudadas, entre elas a de Tutankamon.

No meio científico o estudo parece abrir as portas a um novo enfoque de investigação em paleogenômica do período faraônico e genealogia molecular.











domingo, 20 de fevereiro de 2011

Manifestantes usam carro-bomba para enfrentar tropas na Líbia

Os opositores ao regime de Muamar Gaddafi usaram um carro com explosivos e um tanque para atacar um acampamento militar na cidade de Benghazi, Líbia, segundo informaram testemunhas à emissora de TV CNN.

Os confrontos na Líbia entre manifestantes e forças de segurança mataram outras 25 pessoas neste domingo, segundo relatou um médico do hospital Al Jalla à rede norte-americana.
A rede afirma ainda que, com os confrontos de domingo, as mortes no país chegam a 209. Estimativas da ONG Human Rights Watch contabilizam 173 mortos --mas a própria organização diz que o número é conservador.
Tiroteios intensos também foram relatados pelas agências de notícias Reuters e France Presse.

"Estamos dentro de casa, e as luzes estão apagadas. Há tiroteios nas ruas", disse um morador da cidade à Reuters. "É isso o que eu ouço, tiros e pessoas. Eu não posso sair para fora."


Os manifestantes, inspirados pela agitação na vizinha Tunísia e no Egito, exigem o fim da ditadura de Muamar Gaddafi, que já dura 42 anos. Suas forças de segurança responderam com violência. As comunicações estão sendo controladas, e o acesso de jornalistas internacionais a Benghazi não é permitido.

Na noite de hoje, o filho do ditador falou à televisão estatal em dialeto líbio. De acordo com a rede Al Jazeera, ele prometeu reformas e indicou que uma "guerra civil" vai começar, caso prossigam as manifestações.
Saif El Islam Gaddafi também disse que a imprensa está exagerando sobre os acontecimentos no país, além de informar que o número de mortes é de apenas 14 pessoas --ele também declarou pesar pelas mortes.

"Nós vamos escolher novas leis para a imprensa, direitos civis, suspender punições estúpidas, vamos ter uma Constituição. Vamos criar uma nova Líbia amanhã. Vamos consentir um novo hino nacional, uma nova bandeira, uma nova Líbia. Ou estejam preparados para uma guerra civil", declarou ele.
O filho do ditador também informou que grupos islâmicos estão por trás dos protestos, e que estão se beneficiando com a situação.
Também em Benghazi, manifestantes "atacaram uma guarnição" da polícia e "estão sendo atacados por franco-atiradores", acrescentou o advogado Mohammed al-Mughrabi, sem dar mais detalhes.

"Estamos pedindo à Cruz Vermelha que envie hospitais de campanha. Não podemos aguentar mais", afirmou o ele.

Em entrevista à rede Al-Jazeera, um morador alertou que Benghazi está se transformando em palco de "massacres escondidos". "Parece uma zona de guerra entre manifestantes e as forças de segurança", denunciou Fathi Terbeel, um dos organizadores dos protestos.

"Nossos números mostram que mais de 200 pessoas já foram assassinadas. Que Deus tenha piedade delas", acrescentou.

O banho de sangue em Benghazi começou no sábado, quando grupos que se dirigiam para os funerais das vítimas da véspera atacou um quartel no caminho do cemitério, explicou à France Presse Ramadan Briki, editor de um jornal local.
As pessoas jogaram coquetéis Molotov, e as tropas responderam com tiros, "deixando pelo menos 12 mortos e muitos outros feridos", contou Briki, do Quryna, citando fontes das forças de segurança.
Em outra parte do país, um alto funcionário líbio revelou que as forças de segurança frustraram uma tentativa de sabotagem em poços de petróleo do campo de Sarir. Seis líbios foram presos no episódio, no qual "a quadrilha recebeu suas armas de fora da Líbia e recebeu instruções pela internet", segundo a mesma fonte.

COMUNICAÇÃO

O governo não divulgou nenhuma cifra de vítimas nem fez comentários oficiais sobre a violência.
Conseguir detalhes concretos sobre os protestos na Líbia vem sendo difícil porque os jornalistas não podem trabalhar livremente no país. Informações sobre a revolta chegam por entrevistas pelo telefone, junto com vídeos e mensagens postados na internet, e também por meio de ativistas da oposição exilados do país.
A norte-americana Arbor Networks relatou mais um corte no serviço de internet da Líbia por volta de meia-noite deste domingo (horário local). A companhia afirma que o tráfego de dados no país, que cessou por volta das 2h da manhã de sábado, foi retomado em níveis mais baixos diversas horas mais tarde, apenas para ser cortado de novo nesta noite.
A população afirma ainda que não consegue mais fazer ligações telefônicas de suas linhas fixas.

folha.com

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

LENDAS & MITOS

Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.
De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação humana.
Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Podemos entender que Lenda é uma degeneração do Mito. Como diz o dito popular "Quem conta um conto aumenta um ponto", as lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida em que vão sendo recontadas.
A Lenda da Atlântida ou Atlantis

Segundo a lenda, há muito tempo teria existido um grande continente, chamado Atlântida ou Atlantis. Situava-se no meio do oceano que recebeu o seu nome- o oceano Atlântico- em frente às Portas de Hércules de que nos fala a Mitologia Grega. Essas portas erguiam-se no local onde hoje está o Estreito de Gibraltar, fechando por completo o Mar Mediterrânico.
Hipóteses sobre a localização geográfica de Atlântida
A Lenda
 
Ilustração de Lloyd K. Townsend.
Atlântida teria sido um paraíso, uma lendária ilha cuja primeira menção conhecida remonta a Platão em suas obras "Timeu ou a Natureza" e "Crítias ou a Atlântida". Era composta de exóticas paisagens, com clima agradável e belas florestas, ao lado de extensas e férteis planícies. Os animais eram dóceis, porém fortes. E havia as cidades, grandes e pequenas. Os atlantes eram senhores de uma civilização muito avançada. Palácios e templos cobertos de ouro e outros metais preciosos destacavam-se numa paisagem onde o campo e a cidade conviviam em harmonia. Jardins, fontes, ginásios, estádios, estradas, aquedutos, pontes. Estavam por todo o lado e a disposição de todos. Desta abundância nasceram e prosperaram as artes e as ciências. Eram muitos os artistas, músicos e grandes sábios.

Mas não viviam completamente tranquilos, pois não estavam sozinhos no mundo. Em razão disso, apesar de cultivarem a paz e a harmonia nunca deixaram de praticar as artes da guerra, já que vários povos, movidos pela inveja, cobiçando a sua riqueza, tentavam conquistar o continente. As vitórias obtidas contra os invasores foram tão grandiosas que logo despertaram o orgulho e a ambição de passar ao contra ataque. Já não pensavam em apenas defenderem-se, mas em aumentar o território de Atlântida. Assim o poderoso exército Atlante preparou-se para a guerra e aos poucos foi conquistando grande parte do mundo conhecido, dominando vários povos e várias ilhas em seu redor, uma grande parte da Europa Atlântica e parte do Norte de África. Os seus corações até então puros foram endurecendo como as suas armas. Enquanto se perdia a inocência nascia o orgulho, a vaidade, o luxo desnecessário, a corrupção e o desrespeito para com os deuses. Poseidon convocou então os outros deuses para julgar os atlantes e decidiu aplicar-lhes um castigo exemplar. E como consequência vieram terríveis desastres naturais.

As terras da Atlântida estremeceram violentamente, o dia fez-se noite, e logo em seguida surgiu o fogo queimando as florestas e campos de cultivo. O mar inundou a terra de Atlântida com ondas gigantes, engolindo as aldeias e cidades. Em pouco tempo Atlântida desaparecia para sempre.

FONTE: Só História



Datas Comemorativas

Fevereiro


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02 · Dia do Agente Fiscal
02 · Dia de Iemanjá
05 · Dia do Datiloscopista
07 · Dia do Gráfico
09 · Dia do Zelador
10 · Dia do Atleta Profissional
11 · Dia da Criação da Casa de Moeda
11 · Dia Mundial do Enfermo
14 · Dia da Amizade
16 · Dia do Repórter
19 · Dia do Esportista
21 · Dia da Conquista do Monte Castelo (1945)
21 · Data Festiva do Exército
23 · Dia do Rotaryano
24 · Promulgação da 1ª Constituição Republicana (1891)
25 · Dia da criação do Ministério das Comunicações
27 · Dia do Agente Fiscal da Receita Federal
27 · Dia Nacional do Livro Didático

Alexandre, o Grande

•Quando Alexandre tinha 13 anos, seu pai incumbiu um dos homens mais sábios da sua época, Aristóteles, de educá-lo. Alexandre aprendeu retórica, política, matemática, ciências físicas e naturais, medicina e geografia, ao mesmo tempo em que se interessava pela história grega e pela obra de autores como Eurípides e Píndaro. Também se distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos, de tal forma que em pouco tempo dominou Bucéfalo, que viria a ser seu inseparável cavalo.
•Alexandre era admirador dos trabalhos de Homero, ele gostava tanto de Ilíada que adotou Aquiles como seu exemplo de vida.
•Apesar do apelido dado por causa da grandeza de suas conquistas, Alexandre media apenas 1,52m.
•Alexandre acreditava ser descendente de Aquiles que em sua época foi cultuado como um deus e um dos grandes personagens da batalha em Tróia. De acordo com a lenda, Aquiles foi atingido no calcanhar por uma flecha disparada pelo amante de Helena, Páris - também conhecido pelo nome de Alexandre.
•Aos 16 anos, Alexandre já se encarregava das colônias quando o Rei Filipe estava de viagem. Nesta mesma época, fundou sua própria colônia, Alexandroupolis.
•Na arte da guerra recebeu lições do pai, militar experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe atribuiu dotes de comando. Alexandre teve oportunidade de demonstrar seu valor aos 18 anos, quando, no comando de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas na batalha de Queroneia em 338 a. C. Alexandre destaca-se nesta batalha, comandando a cavalaria macedônia.
•No ano de 337 a.C. Filipe II casou-se com uma jovem chamada Cleópatra, sobrinha de Átalo, importante nobre macedônio. Olímpia ficou assim preterida e se exilou no Épiro com seu filho Alexandre, pois este acabou entrando em conflito com seu pai. Apenas em 336 a.C. Alexandre se reconciliou com Filipe II e voltou à Macedônia.
•Alexandre tinha uma irmã também chamada Cleópatra (356-308 a.c), filha de Olímpia e do rei Filipe.
•A irmã de Alexandre casou-se com o meio irmão de Olímpia, Alexandre de Epiro. Durante as festividades, o pai da noiva, rei Felipe, foi assassinado por Pausânias em 336 a.C. O criminoso foi capturado e morto imediatamente. Há suspeitas que o mandante tenha sido o rei persa ou, quem sabe, por vingança da esposa Olímpia. Há a suspeita também de que Alexandre conhecia o plano para eliminar o pai.
•A segunda esposa do pai de Alexandre foi forçada a cometer suicídio e seu filho com Filipe foi morto.
•Depois do assassinato de seu pai, Alexandre, aos 20 anos, subiu ao trono da Macedônia e se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino. Para tão árdua campanha contou com poderoso e organizado exército, dividido em infantaria, cuja principal arma era uma lança de 5,5 metros de comprimento, máquinas de guerra (como catapultas, aríetes, balistas) e a cavalaria, que constituía a base do ataque.