domingo, 15 de dezembro de 2013

Teoria da História

Teoria da Historia  é um campo de estudo que busca entender as diversas teorias que envolve o conhecimento Histórico. Justamente por não ter uma concepção única de analisar o passado, todas essas teorias alimentam vários debates entres várias concepções. As correntes mais famosas, e principais são elas: positivismo, Escola dos Annales, Nova História, Microhistória.
Positivismo foi elaborado por Augusto Comte no século XIX. Tal teoria acreditava que os pesquisadores deveriam encontrar um fator que determinasse a verdadeira história, ela seria indiscutível e encontrada nos documentos governamentais, que por isso, nunca estariam errados. De acordo com esse pensamento, apenas as histórias politicas teriam importância de serem verificadas. Além disso, defende a ideia que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, podendo-se afirmar que uma teoria é verdadeira apenas se a mesma for comprovada através de métodos científicos válidos. Assim, os positivistas, excluem tudo o que se refere a crenças, supertiçoes, ou qualquer outra coisa que não possa ser comprovada cientificamente. Toda essa devoção à ciência fez com que com o Positivismo fosse considerado como “a religião da humanidade”.
Escola dos Annales é uma corrente historiográfica nascida na França, em torno da revista “Annales d'histoire économique et sociale”, e criada por Marc Bloch  e Lucien Febvre que acreditavam que era insuficientes a forma com que a história era tratada. Apesar disso, não foram os primeiros a propor novas abordagens a História. Tal corrente se destaca por incorporar métodos das Ciências Sociais à História, o que ampliou o quadro das pesquisas históricas com a incorporação de atividades até então pouco investigadas, rompendo assim com a compartimentação das Ciências Sociais (História, Sociologia, Psicologia, Economia, Geografia) e privilegiando os métodos pluridisciplinares.
Nova História é a corrente historiográfica correspondente a terceira geração da “Escola dos Annales”. Surgiu nos anos de 1970 e seu nome derivou da publicação da obra “Fazer a História”, organizadas pelos historiógrafos Jacques Le Goff e Pierre Nova. Tal corrente é acima de tudo a historia das mentalidades. Seus seguidores propõe que se estabeleça uma historia serial das estruturas mentais das sociedades, e cabe ao historiador a análise dos dados.
E a Microhistoria é um gênero historiográfico que surge com a publicação da coleção “Microstorie”, sob a direção de Carlo Ginzburg e Giovanni Levi entre 1981 e 1988. A proposta de análise histórica defende uma delimitação extrema do tema por parte do historiador (inclusive em termos de espacialidade e de temporalidade). Com todo esse objeto (tema) bem delimitado a análise se desenvolve a partir de uma exploração exaustiva das fontes. O próprio Giovanni Levi conceitua a microhistoria como se fosse um “zoom” em uma fotografia, o pesquisador observa um pequeno espaço ampliado, mas, ao mesmo tempo, tendo em conta o restante da paisagem, apesar de não estar ampliada.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Microhist%C3%B3ria

domingo, 9 de junho de 2013

MITOLOGIA

Narcisismo



              Narciso era um belo rapaz, filho do Deus do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Por acasião de seu nascimento, seus pais consultaram o oráculo Tirésias para saber qual seria o destino do menino. A resposta foi que ele teria uma longa vida, se nunca visse a própria face. Muitas moças e ninfas apaixonaram-se por Narciso, quando ele chegou à idade adulta. Porém, o belo jovem não se interessava por nenhuma delas. 
              Segundo a mitologia existia uma ninfa bela e graciosa tão jovem quanto Narciso,chamada Eco e que amava o rapaz em vão. A beleza de Narciso era tão incomparável que ele pensava que era semelhante a um Deus, comparável à beleza de Dionísio e Apolo. Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco até que esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis condenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco.Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. As ninfas construíram-lhe uma pira, mas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o narciso; e então dai o nome narciso a flor.                                                           Narcisismo
              Denominamos de “narcisistas” as pessoas que, egoisticamente, só pensam à partir de si mesmas, desprezando os sentimentos dos outros. A imagem refletida nas límpidas (ou diríamos turvas?) águas de nossa imaginação, não possui equivalência no mundo real. Imaturo, o narcisista vê “o Outro” com indiferença e desdém, tornado-se impossibilitado de penetrar no mundo alheio. Anseia por aplausos, subserviência e bajulação.              Há um grau razoável de amor-próprio saudável e até mesmo necessário para que se equilibre a percepção de nossas necessidades em relação às de outrem.
              Mas em desmedida, a auto-suficiência torna o narcisista incapaz de amar outra pessoa.
              Em psicologia e psiquiatria, o narcisismo excessivo é o que dificulta o individuo a ter uma vida satisfatória, é reconhecido como um estado patológico e recebe o nome de Transtorno de personalidade narcisista. Indivíduos com o transtorno julgam-se grandiosos e possuem necessidades de admiração e aprovação de outras pessoas em excesso. Este mito ilustra bem o risco do narcisismo, simbolizado pela vaidade, pelo solipsismo, que significa considerar exclusivamente o “eu” como única realidade.
 
A Caixa de Pandora





A caixa de Pandora é um mito grego no qual a existência da mulher e dos vários males do mundo são explicados. Tudo começa quando Zeus, o deus de todos os deuses, resolveu arquitetar um plano para se voltar contra a ousadia de Prometeu – que entregara aos homens a capacidade de controlar o fogo. Para tanto, Zeus decide criar uma mulher repleta de dotes oferecidos pelos deuses e a oferece a Epimeteu, irmão de Prometeu.

Antes disso, Prometeu recusou a jovem Pandora de Zeus temendo que ela fizesse parte de algum plano de vingança da divindade roubada. Ao aceitar Pandora, Epimeteu também ganhou uma caixa onde estavam contidos vários males físicos e espirituais que poderiam acometer o mundo. Desconhecedor do conteúdo, ele foi somente alertado de que aquela caixa não poderia ser aberta em nenhuma hipótese. Com isso, o artefato era mantido em segurança, no fundo de sua morada, cercado por duas gralhas barulhentas.

Aproveitando de sua beleza, Pandora convenceu o marido a se livrar das gralhas que lhe causavam espanto. Após atender ao pedido da esposa, Epimeteu manteve relações com ela e caiu em um sono profundo. Nesse instante, não suportando a própria curiosidade, Pandora abriu a caixa proibida para espiar o seu conteúdo. Naquele momento, ela acabou libertando várias doenças e sentimentos que atormentariam a existência do Homem no mundo. Zeus assim concluía o seu plano de vingança contra Prometeu.

Logo percebendo o erro que cometera, Pandora se apressou em fechar a caixa. Com isso, ela conseguiu preservar o único dom positivo que fora depositado naquele recipiente: a esperança. Dessa forma, o mito da Caixa de Pandora explica como o Homem é capaz de manter-se perseverante mesmo quando as situações se mostram bastante adversas. Além disso, esse mesmo mito explora a construção da identidade feminina como sendo marcada pela sensualidade e o poder de dissimulação.
 
O calcanhar de Aquiles





Aquiles é um dos mais famosos heróis gregos. Filho de Tétis e Peleu, teve seu principal momento no cerco à cidade de Tróia. Participou junto com outros heróis e príncipes da Grécia de várias batalhas. Tornou-se famoso por sua bravura e força.
Conta a mitologia grega que a mãe mergulhou Aquiles, recém-nascido, nas águas do Estige (rio que dava sete voltas no inferno). Este fato tornou o filho invulnerável, salvo pelo calcanhar que não foi banhado, pois a mãe o segurava por esta parte do corpo.

Para vingar a morte de Pátroclo, o companheiro mais próximo de Aquiles
, que sucumbira às mãos de Heitor, o mais valente dos filhos de Príamo,o rei de Tróia, Aquiles obteve finalmente sua vingança, matando Heitor. Amarrou então o corpo do derrotado ao seu carro, e o arrastou pelo campo de batalha.
Com a ajuda do deus Hermes, o pai de Heitor, Príamo, foi à tenda de Aquiles durante uma noite e implorou-lhe que permitisse realizar os ritos fúnebres que seu filho merecia.

A última passagem da Ilíada é o funeral de Heitor, após o qual o destino de Troia era apenas uma questão de tempo
. Durante a invasão de Tróia Aquiles foi mortalmente ferido no calcanhar por uma flecha envenenada arremessada por Paris (irmão de Heitor).

Existem outras versões sobre o ritual da imortalidade de Aquiles e sua morte,porém a versão contida neste artigo é considerada a mais confiavel e comumente relatada.

Caronte (Charon), o barqueiro dos mortos na mitologia grega.

        Sempre gostei de filmes épicos, a mitologia, as civilizações movidas e sustentadas pela sua virtude e devoção aos deuses, territórios conquistados e mantidos através de sangrentas guerras nas quais os homens ao contrário de hoje realmente acreditavam e lutavam por seus ideais.                  
        Enquanto assistia
Tróia vi personagens importantes morrendo e após a sua morte existia um ritual fúnebre bem peculiar, que aliás eu já tinha observado em outros filmes, um ritual em que o cadáver era exposto em um ponto alto cercado de pessoas e antes de ser cremado seus olhos eram cobertos por moedas. Ai me veio a dúvida, mas para que essas moedas? Pesquisei um pouco e acho que descobri a resposta...
 
        Estava encarregado de realizar a travessia dos mortos pelo Rio Estige (Styx), e só transportava almas cujos corpos tivessem sido enterrados com uma moeda (óbolo) debaixo da língua, com a qual deveriam pagar a travessia.
Aqueles que eram enterrados sem os rituais fúnebres de então, e não levavam a moeda para pagar a Caronte pela travessia, não podiam fazê-la, e o castigo era esperar por 100 anos vagando no limbo.
        As almas penadas e assombrações que vagavam assustando os vivos, eram aqueles que não puderam pagar o óbolo a Caronte.
 
Um desejo além da materialidade

 


        Apolo era o mais belo dos deuses do Olimpo, senhor da Arte, da Música e da Medicina. Ciente da própria beleza e confiante da sua destreza no arco e flecha, ainda mais depois de Ter matado a terrível serpente Píton, que da sua caverna no Monte Parnaso, assustava a todos os habitantes daquela terra abençoada, Apolo se vangloriou a Cupido dizendo que suas flechas podiam matar qualquer coisa e tentou tomar as flechas que o pequeno deus do Amor carregava, dizendo-lhe ser muito criança para carregar tais armas.

        Cupido respondeu-lhe que suas flechas poderiam de fato ferir tudo e todos mas as dele, Cupido, eram mais poderosas pois poderiam feri-lo, a ele, poderoso Apolo. Claro que Apolo não acreditou e riu-se do pequeno deus. O filho de Vênus então decidiu dar-lhe uma lição: escolheu uma flecha com ponta de ouro e outra com ponta de chumbo. A primeira atraía o amor e a segunda o repelia. Segurando seu arco encantado, Cupido pegou a flecha de ponta de chumbo e mirou na bela ninfa Dafne, filha do rio-deus Peneu. A de ouro não teve outro alvo que não o coração de Apolo.


        Ferido mortalmente por Cupido, o deus correu atrás de sua bela que horrorizada tentou escapar-lhe, correndo como se asas tivesse nos delicados pés.
        Impulsionado pela paixão, pela vontade de tocar o ser amado, de beijá-la e dizer-lhe o quanto a amava, Apolo corria como se perseguido pelas Fúrias.
        Desesperada, vendo que seu perseguidor estava cada vez mais próximo, Dafne gritou pelo pai para que a salvasse, mudando sua forma para que o impetuoso deus a deixasse em paz. Peneu fez o que a filha pediu.

        Quando Apolo estava quase tocando-lhe os cabelos, Dafne foi sentindo um torpor estranho, uma sensação de peso e, quando olhou para os pés, constatou que estava se transformando em uma planta. Ao ver sua amada transformada em um arbusto, Apolo chorou sentido e declarou que aquela planta - o loureiro, pois que não era outro - seria, a partir daquele infeliz dia, a sua planta, símbolo que o acompanharia para todo o sempre.

        Pois foi assim que a folha de louro foi associada ao belo e impetuoso Deus, símbolo do seu amor pela ninfa Dafne...
 
Você acredita em destino?
        
       Édipo é um personagem da mitologia grega,conhecido pela sua triste saga,em que embora ao longo da sua vida tenha tentado de diversas formas fugir de seu temido destino,acaba o concretizando e propagando uma maldição, no século XX recebeu uma atenção ainda maior após Sigmund Freud utilizar seu nome e história para simbolizar um dos seus famosos termos técnicos psicanalíticos o "Complexo de Édipo".


        Filho de Laio e de Jocasta, herdeiro da maldição que assolava os Labdácias, foi abandonado ao nascer no Monte Citerão, já que o  Oráculo de Delfos tinha predito a seu pai que se ele gerasse um filho, este o mataria. O criado, encarregado de executar essa missão perfurou-lhe os pés com um gancho de forma a poder suspender o menino numa árvore. Isso explica o fato pelo qual, ao ser encontrado por alguns pastores, foi chamado Édipo, que em grego significa “pés inchados”. Foi levado ao rei de Corinto, Pólibo, que, por não ter filhos, embora fosse casado com a rainha Peribéia,o adotou. Em certa ocasião, o jovem participava de um banquete, quando um coríntio referiu-se indiscretamente ao jovem como filho postiço. Intrigado, Édipo resolveu consultar o oráculo de Delfos para saber sua real origem. Além de não obter uma resposta precisa, o jovem se defrontou com uma revelação aterrorizante.

        A resposta que Édipo recebeu é que, não somente mataria seu pai, mas desposaria sua própria mãe, gerando uma raça maldita. No intuito de evitar uma tragédia, desesperado resolveu fugir de Corinto, deixando para trás Pólibo e Peribéia, quem de fato acreditava serem seus pais verdadeiros. À caminho da Fócida, onde os caminhos de Cáulis e Tebas se bifurcam, o pobre rapaz se deparou com Laio e sua escolta, composta por quatro pessoas além do rei: o arauto, um cocheiro e mais dois escravos. Este, cheio de impáfia, ordenou-lhe que desse passagem ao rei de Tebas. Como Édipo se recusasse sequer a alterar o passo, teve um de seus cavalos executados pelo rei. Ignorando a verdadeira identidade do rei, Édipo com o auxílio de sua arma, a bengala que o amparava no caminhar, e com grande violência, matou a golpes Laio.
        Chegando à Tebas, deparou com a Esfinge, monstro que vinha assolando a cidade há tempos. Descendente de uma família de monstros, sua mãe, Equidna, corpo de mulher e cauda de serpente que devorava todos os viajantes que dela se aproximassem. Ortro uniu-se a própria mãe, e dessa forma, tornou-se ao mesmo tempo pai e irmão da Esfinge. Esta havia sido enviada por Hera à cidade de Tebas para punir o rei Laio, responsável pelo suicídio de Crísipo, filho de Pélops. Misto de vários animais, a Esfinge tinha a cabeça e o busto de mulher, as patas de leão, o corpo de cão, cauda de dragão e asas como as das Hárpias.
Instalada à entrada da cidade, mais precisamente no Monte Ficeu, propunha aos forasteiros que ali chegavam um enigma de grande complexidade e de difícil resolução. Os que não fossem capazes de decifrá-lo eram sumariamente eliminados, pois a criatura além de matar, devorava sua vítima. O monstro já havia feito muitas vítimas e os habitantes estavam alarmados quando Édipo, buscando exílio, chegou à Tebas. Ao enfrentá-la, foi recebido com a seguinte pergunta: “Qual é o animal que pela manhã tem quatro pés, ao meio dia dois e à tarde três?” Édipo sem dificuldade respondeu que este animal era o homem, que na infância engatinha, depois passa a caminhar com os dois pés e na velhice, com o peso dos anos, necessita de uma bengala, ou seja, de uma terceira perna para se sustentar. Como já estava previsto pelo destino que no dia que alguém lograsse decifrar seu enigma a Esfinge morreria, esta, precipitou-se do alto de um precipício e morreu espatifada contra os rochedos.
        Aclamado pela população agradecida, tornou-se rei, e, por conseguinte, recebeu também a mão da rainha Jocasta em casamento. Em outras palavras, Édipo cumpriu a segunda e última parte da profecia, pois ao casar-se com a rainha, desposava na verdade, sua própria mãe. Quatro filhos foram gerados desta união: Etéocles, Polinice, Antígona e Ismena. O rei de Tebas reinou durante anos tranquilamente até o dia em que a população local começou a ser assolada por uma peste. O oráculo, novamente consultado, declarou que para cessar a epidemia, se fazia necessário encontrar o assassino de Laio e baní-lo definitivamente de Tebas. Tirésias, o grande vidente cego, trazido até a corte revelou a verdade sobre o crime e esclareceu a identidade e a história de Édipo. Jocasta, humilhada e sem poder suportar a vergonha, suicidou-se. Édipo, ao lado do corpo de sua mãe, vazou seus olhos. Expulso da cidade por Etéocles e Polinice, partiu para o exílio acompanhado por Antígona que o guiou até a Ática, onde foi acolhido por Teseu .

terça-feira, 7 de maio de 2013

10 Curiosidades Históricas

10 Curiosidades HistóricasE-mail
Escrito por Bruno Hoffmann

Episódios da história brasileira que merecem ser relembrados.

O francês Pierre Lesdain foi recebido como herói em São Paulo, em 1908. Pela primeira vez um carro unia o Rio à capital paulista. A viagem durou 36 dias. Mar. 01
O poeta Gregório de Matos pediu que dois padres visitassem seu leito de morte. E sapecou: “Estou morrendo entre dois ladrões, tal como Cristo ao ser crucificado.” Dez. 08

Em 1840, o francês Louis Compte fez as primeiras fotos do Brasil. O adolescente dom Pedro II se impressionou e logo tratou de encomendar uma máquina. Jan. 00

O capitão inglês James Cook não teve boa impressão das mulheres cariocas em 1768. “Na cidade não há uma única mulher honesta.” Nov. 06

A palavra bonde surgiu de bonds (bônus em inglês), bilhetes que davam direito a cinco viagens. Mas há quem diga que derivou do nome de um empresário de Belém: James Bond. Jan. 07

A primeira versão da letra do Hino Nacional surgiu em 1831. Mas, entre polêmicas políticas, só foi finalizada em 1916. Seria oficializada apenas em 1922, quase cem anos depois. Abr. 01

O primeiro Código Civil, de 1916, determinava: “A mulher é relativamente incapaz.” Além disso, elas precisavam de autorização do “chefe” (marido) para trabalhar. Jan. 02

A abolição da escravidão teve apenas dois artigos: art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil; art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário. Mai. 03

Em 1864, foram criados os Voluntários da Pátria para quem quisesse se alistar na Guerra do Paraguai. Pouca gente quis. A malandragem imperou para fugir das batalhas. Jan. 09
Francês sequestra o Rio e só devolve após receber resgate
O ano era 1711. O corsário francês René Duguay-Trouin chegou ao Rio com um plano de sequestro, digamos, ambicioso: queria a cidade toda. Na missão, a serviço da coroa francesa, 18 navios com 700 canhões, além de seis mil homens. A população fugiu em disparada. Os franceses levaram tudo o que encontraram. Só devolveriam dois meses depois, após receber uma alta quantia em dinheiro e objetos valiosos. O povo teve que se unir para pagar o resgate. Out. 06

quarta-feira, 20 de março de 2013

Lei 10.639/03 e o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana

A Lei 10.639/03, que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.
A Lei 10.639/03 versa sobre a valorização da história afro-brasileira e africana
 
O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no Brasil sempre foi lembrado nas aulas de História com o tema da escravidão negra africana. No presente texto pretendemos esboçar uma reflexão acerca da Lei 10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
Uma primeira reflexão que devemos fazer é sobre a palavra escravo, que foi sempre atribuída a pessoas em determinadas condições de trabalho. Portanto, a palavra escravo não existiria sem o significado do que é o trabalho e das condições para o trabalho.
Quando nos referimos, em sala de aula, ao escravo africano, nos equivocamos, pois ninguém é escravo – as pessoas foram e são escravizadas. O termo escravo, além de naturalizar essa condição às pessoas, ou seja, trazer a ideia de que ser escravo é uma condição inerente aos seres humanos, também possui um significado preconceituoso e pejorativo, que foi sendo construído durante a história da humanidade. Além disso, nessa mesma visão, o negro africano aparece na condição de escravo submisso e passivo.
A Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
Com a Lei 10.639/03 também foi instituído o dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares. O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no Brasil. Sendo assim, como trabalhar com essa temática em sala de aula? Os livros didáticos já estão quase todos adaptados com o conteúdo da Lei 10.639/03, mas, como as ferramentas que os professores podem utilizar em sala de aula são múltiplas, podemos recorrer às iconografias (imagens), como pinturas, fotografias e produções cinematográficas.
Uma boa indicação de material didático para abordar esse conteúdo são os materiais intitulados A Cor da Cultura, que variam entre livros animados, entrevistas, artigos, notícias e documentários, disponíveis em  http://www.acordacultura.org.br/– material importante que ressalta a diversidade cultural da sociedade brasileira.
 Outro importante material sobre a história da África, o qual os professores poderão utilizar como suporte teórico para a compreensão da diversidade étnica que constitui o continente africano, é a coleção História Geral da África, que tem aproximadamente dez mil páginas, distribuídas em oito volumes. Criada e reeditada por iniciativa da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a coleção aborda desde a pré-história do continente africano até os anos 1980, e está disponível para download gratuito em http://www.dominiopublico.gov.br.
O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, após a aprovação da Lei 10.639/03, fez-se necessário para garantir uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira. Portanto, os professores exercem importante papel no processo da luta contra o preconceito e a discriminação racial no Brasil. 
Leandro Carvalho
Mestre em História
 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Papas que já renunciaram

O mundo inteiro está antenado na renúncia de Bento XVI ao cargo de Papa. As consequências deste ato ainda serão sentidas em curto, médio ou longo prazo. Antes de Bento XVI, vários já deixaram o cargo antecipadamente, por terem renunciado, ou por terem sido assassinados de alguma forma.
Ao declarar sua renúncia, Bento XVI quebrou um jejum de 600 anos desde a última renúncia papal.

A renúncia do papa é possibilitada no cânon 332 §2 do Código de Direito Canônico e no cânon 44 §2 do Código de Direito Canônico das Igrejas Orientais. As únicas condições para a validade da renúncia são de que sejam realizadas livremente e manifestadas adequadamente.
Os historiadores divergem do número de Papas que já renunciaram, havendo unanimidade em apenas três casos. Vamos conferir, então, 3 Papas que já renunciaram ao pontificado. Esta lista foi extraída e adaptada da Wikipédia.

1- Ponciano

Papa São Ponciano
Ponciano foi papa de 21 de julho de 230 a 29 de setembro de 235. Durante o seu pontificado, ordenou o canto dos salmos nas igrejas, prescreveu o “Confiteor” antes da missa e introduziu a saudação Dominus vobiscum (o Senhor esteja convosco). Ponciano e outros líderes da igreja, entre eles Hipólito, foram exilados pelo imperador Maximino Trácio para a Sardenha. É desconhecido quanto tempo ele viveu exilado, mas sabe-se que ele morreu de esgotamento, graças ao tratamento desumano nas minas da Sardenha, onde trabalhava.
Por que renunciou: renunciou ao papado no dia 25 ou 28 de Setembro de 235, para permitir à Igreja eleger outro líder que estivesse presente em Roma, sendo eleito o Papa Antero.

2- Celestino V

Papa São Pedro Celestino
Celestino V, proveniente da ordem beneditina, foi papa durante alguns meses do ano 1294. Ele era conhecido também como Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do morro do mesmo nome, onde levantou uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas. Sua escolha como papa foi política, por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais. Pedro Celestino exerceu o papado durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis.
Por que renunciou: reconhecendo-se deslocado, e não sentindo apto para o cargo, renunciou em 13 de dezembro de 1294. Foi sucedido pelo Papa Bonifácio VIII.

3- Gregório XII

Papa Gregório XII
Gregório XII foi papa de 19 de dezembro de 1406 a 14 de julho de 1415. Quando se tornou sumo pontíficie, já tinha mais de oitenta anos de idade. Fisicamente muito magro e alto, assumiu o espírito conciliatório com relação aos problemas da Igreja Católica, em especial o chamado Cisma do Ocidente, que dividia a sede do papado entre Roma, Pisa e Avignon (França). Apesar da Igreja reconhecer somente o papa de Roma, havia ainda dois antipapas (papas não oficiais) nas outras duas cidades. Durante o seu pontificado, instituiu a hóstia como único elemento da Eucaristia, abolindo o pão e restringindo o vinho somente ao sacerdote.
Por que renunciou: renunciou ao papado no dia 14 de julho de 1415 para tentar pôr fim ao cisma do ocidente. Com seu sucessor, Martinho V, o cisma chegou ao fim.