por Marco Antonio Barbosa
Uma descoberta arqueológica feita ao norte de Viena, capital da Áustria, pode ajudar a rever conceitos sobre a divisão de trabalho entre homens e mulheres na pré-história.Em um túmulo que o Museu de História Antiga da Áustria garante ser datado de 2.000 a.C., foi encontrado o esqueleto de uma mulher que morreu entre 45 e 60 anos de idade e que foi sepultada junto com ferramentas usadas para esculpir e moldar metais e pedras preciosas.
Segundo os arqueólogos do museu, isso indica que a mulher provavelmente era uma artesã joalheira a quem foi dado o direito de ser enterrada com seus instrumentos de trabalho. Ernst Lauermann, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, declarou: “Naquele período, era comum as pessoas serem enterradas com as ferramentas de suas profissões“.
Até a descoberta, acreditava-se que, na civilização europeia daquele período, trabalhos delicados e de precisão como a joalheria eram confiados exclusivamente aos homens. Além das ferramentas (uma bigorna, vários martelos e cinzéis de metal), foram encontrados também na sepultura resquícios de joias que podem ter sido feitas pela própria artesã.
Outros 15 túmulos foram achados na mesma região e estão sendo estudados.
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