Um grupo de arqueólogos encontrou o mais antigo calendário maia já encontrado. A descoberta foi feita no sítio arqueológico de Xultun, um antigo complexo maia com cerca de 16 quilômetros quadrados, oeste da Guatemala.
Com 1200 anos, o calendário está desenhado na parede de uma casa que, os arqueólogos acreditam, era um local de trabalho de escribas. “Nunca havíamos visto nada assim desta época. É de séculos antes de qualquer notação astronômica conhecida até então”, afirmou em teleconferência com jornalistas David Stuart, da Universidade do Texas, em Austin, Estados Unidos, e um dos envolvidos no trabalho (que foi patrocinado pela National Geographic).
O calendário lunar encontrado em uma das paredes ajuda a compreender de onde veio a noção de que para os maias, que o mundo irá acabar no final de 2012. Muito vem da ideia popular de que o calendário maia acabaria após 13 baktuns, unidade de tempo maia que corresponde a 144 mil dias, o que corresponderia ao último dia de 2012. “Na parede vemos 17 baktuns, o que vai muito além de 2012”, explicou Stuart. Os pesquisadores acreditam que o calendário pode chegar a sete mil anos no futuro a partir do século IX, quando foi pintado. E completou: “É importante entender que os maias viam os calendários como ciclos. O final de um baktun é um período importante, não um fim. É como o odômetro de um carro. Quando ele chega a 100 mil quilômetros e volta ao zero, você não assume que o carro vai simplesmente desaparecer”. Os pesquisadores encontraram ainda um calendário em outra parede, mas ainda não sabem exatamente ao que ele se refere.
A parede em que foi encontrado o calendário lunar faz parte de um quarto dentro de um complexo residencial maior. As outras paredes possuem ainda diversas figuras humanas, entre elas a de um rei maia. “Ficamos impressionados com o estado de conservação da primeira parede que encontramos pois ela estava perto da superfície e a pintura não resiste bem ao clima tropical muito úmido e quente”, afirmou William Saturno, da Universidade de Boston, que liderou a pesquisa.
A crença em um final do mundo, ao contrário, é muito resistente segundo Saturno. “Vivemos procurando por finais. Os maias estavam querendo ter certeza de que nada mudaria [a ideia dos ciclos]. É uma forma totalmente diferente de pensar”, explicou ele.
Agora falar com as pessoas sobre ciclos não é tarefa fácil. “A única coisa que pode convencer uma pessoa que realmente acredita que o mundo irá acabar no final de 2012 é esperar o início de 2013.”, afirmou Stuart.
Com 1200 anos, o calendário está desenhado na parede de uma casa que, os arqueólogos acreditam, era um local de trabalho de escribas. “Nunca havíamos visto nada assim desta época. É de séculos antes de qualquer notação astronômica conhecida até então”, afirmou em teleconferência com jornalistas David Stuart, da Universidade do Texas, em Austin, Estados Unidos, e um dos envolvidos no trabalho (que foi patrocinado pela National Geographic).
O calendário lunar encontrado em uma das paredes ajuda a compreender de onde veio a noção de que para os maias, que o mundo irá acabar no final de 2012. Muito vem da ideia popular de que o calendário maia acabaria após 13 baktuns, unidade de tempo maia que corresponde a 144 mil dias, o que corresponderia ao último dia de 2012. “Na parede vemos 17 baktuns, o que vai muito além de 2012”, explicou Stuart. Os pesquisadores acreditam que o calendário pode chegar a sete mil anos no futuro a partir do século IX, quando foi pintado. E completou: “É importante entender que os maias viam os calendários como ciclos. O final de um baktun é um período importante, não um fim. É como o odômetro de um carro. Quando ele chega a 100 mil quilômetros e volta ao zero, você não assume que o carro vai simplesmente desaparecer”. Os pesquisadores encontraram ainda um calendário em outra parede, mas ainda não sabem exatamente ao que ele se refere.
A parede em que foi encontrado o calendário lunar faz parte de um quarto dentro de um complexo residencial maior. As outras paredes possuem ainda diversas figuras humanas, entre elas a de um rei maia. “Ficamos impressionados com o estado de conservação da primeira parede que encontramos pois ela estava perto da superfície e a pintura não resiste bem ao clima tropical muito úmido e quente”, afirmou William Saturno, da Universidade de Boston, que liderou a pesquisa.
A crença em um final do mundo, ao contrário, é muito resistente segundo Saturno. “Vivemos procurando por finais. Os maias estavam querendo ter certeza de que nada mudaria [a ideia dos ciclos]. É uma forma totalmente diferente de pensar”, explicou ele.
Agora falar com as pessoas sobre ciclos não é tarefa fácil. “A única coisa que pode convencer uma pessoa que realmente acredita que o mundo irá acabar no final de 2012 é esperar o início de 2013.”, afirmou Stuart.
Alessandro Greco