sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Brasil ainda tem 25 milhões de pessoas trabalhando como escravos

Já foram confirmadas para o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, programações, como atos, protestos, seminários e manifestações em vários estados.


Hoje, dia 28 de janeiro, é o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O objetivo da data é centralizar manifestações que sensibilizem e alertem a sociedade sobre a realidade do trabalho escravo, uma prática que insiste em explorar e escravizar pessoas para simples obtenção de lucro. Estima-se que no Brasil – segundo dados da Comissão Pastoral da Terra – 25 mil cidadãos e cidadãs brasileiros (as) têm seus direitos violados, trabalhado de forma escravizada sem o mínimo de dignidade humana.

O marco inicial das atividades, que visam erradicar o trabalho escravo, foi lançado no dia 27, do Atlas Político-Jurídico do Trabalho Escravo Contemporâneo no Maranhão, na sede do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de (CDVCH), em Açailândia (MA).

Não é a toa que o início das atividades deste ano, será no Maranhão. O estado, situado no Nordeste brasileiro, é o que lidera o ranking do trabalho escravo no país, já que a maior parte dos trabalhadores resgatados em todo o Brasil, durante operações contra trabalho escravo, é de origem maranhense.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) acredita que no Brasil existam, pelo menos, 25 mil trabalhadoras e trabalhadores brasileiros sendo escravizados, vivendo em condições degradantes e desumanas, em muitas fazendas e outros locais pelo país. Estima-se ainda que em todo o planeta 12 milhões de pessoas vivam como "escravos contemporâneos”.

Já foram confirmadas para o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, programações, como atos, protestos, seminários e manifestações em vários estados como Minas Gerais,Pará, São Paulo, Piauí, Mato Grosso e Distrito Federal.

Em Unaí (MG) haverá um protesto às 10h de amanhã (28), promovido pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), pelos sete anos do assassinato de uma equipe de auditores fiscais, em 28 de janeiro de 2004. Aliás, a escolha dessa data para centralizar a luta contra o trabalho escravo é uma homenagem à essa equipe.

Em Brasília (DF) será realizada a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, com atos da Frente Parlamentar Mista e da Frente Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e balanço sobre o tema apresentado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Em Belém, no Pará, será realizado o seminário "Trabalho Escravo no Pará: Desafios e Propostas para a erradicação”, com a presença de representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da CPT, da Coordenação Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete), do Ministério Público do Trabalho e outras entidades. Já no sábado (29) serão identificadas ações prioritárias para o combate ao trabalho escravo no estado.

Em São Paulo (SP), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP) realizará amanhã (28) uma audiência pública em seu auditório, na rua Martins Fontes, 109, 2º andar, das 9h às 12h, sobre trabalho escravo urbano, com foco na indústria têxtil, já que na cidade é este setor que escraviza trabalhadores, muitos de origem boliviana. As discussões são abertas ao público.

No Piauí, o Fórum Estadual de Erradicação do Aliciamento e de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo realizará um Ato Público na capital Teresina, para alertar a população sobre o crescimento de empresas do Piauí na "lista suja" do trabalho escravo.

Atlas

O Atlas Político-Jurídico do Trabalho Escravo Contemporâneo no Maranhão explica, em sete capítulos, o que é o fenômeno do trabalho escravo que envolve situações econômicas, sociais e culturais, aliadas à questão da migração e, principalmente, aos conflitos agrários, já que muitos trabalhadores são resgatados em fazendas. O estudo também traça um perfil dos patrões, aliciadores e trabalhadores-escravos.

Com informações de diferentes órgãos governamentais, a publicação faz uma avaliação das fiscalizações e dos processos que correm na justiça. O CDVDH faz ainda uma análise sobre os processos que envolvem dezenas fazendeiros maranhenses neste crime, e questiona a existência de tantos casos impunes. O estudo também reflete sobre os planos criados pelos governos para erradicar o trabalho escravo no Brasil.

Mais informações através do telefone (99) 3538-2383.
Com informações da Repórter Brasil



Fonte:Adital - Notícias da América do Norte e Caribe
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O FOGO

Um novo estudo concluiu que seres humanos conseguiam produzir fogo há cerca de 790 mil anos, habilidade que contribuiu para a migração da África para a Europa. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, após análise de um sítio arqueológico no vale do rio Jordão. Um estudo de 2004 no mesmo local mostrou que, naquele período, o homem era capaz de controlar o fogo - fazia sua distribuição, por exemplo, por meio de galhos. Agora, o trabalho publicado na "Quaternary Science Reviews" diz que ele conseguia gerar fogueiras e não apenas aproveitar faíscas que resultavam de raios. Os novos dados mostram que o homem pré-histórico não era dependente de fogo natural, o que ajudou a impulsionar a migração para o norte, pois ao conseguir dominar o fogo para se proteger de predadores e garantir calor e luz, estava seguro para povoar terras desconhecidas.

Recomendação do dia: O filme "A Guerra do Fogo", de Jean-Jacques Annaud, que levanta hipóteses sobre a origem da linguagem através da busca de três hominídeos por uma nova fonte de fogo perdida por sua tribo. O filme surpreende pela sensibilidade com que trata um tema tão complicado, onde povoam ainda poucas certezas e muitas teorias.

Um brinde à Revolução Francesa!

Durante toda sua vida, Friedrich Hegel (1770-1831), um dos maiores filósofos alemães do século XIX, reuniu os amigos no dia 14 de julho de cada ano para brindar à Revolução Francesa. O ritual não era uma mera extravagância do pensador. De acordo com a sua concepção de história, a queda da Bastilha marcava o início de uma era em que a liberdade, finalmente, havia conseguido se sobrepor às várias formas de tirania que dominaram o espírito humano ao longo dos séculos.
É claro que, vista a partir de hoje, a posição de Hegel pode ser considerada bastante ingênua. Há muito tempo sabemos que a Revolução Francesa não foi o triunfo final da liberdade nem a libertação completa da humanidade. Muitos pensadores, desde então, denunciaram as mazelas do movimento - os excessos do Terror, a substituição da nobreza pela burguesia como classe opressora, etc -, mas o gesto de Hegel continua válido.
Apesar de todas as suas limitações, o movimento iniciado em 14 de julho de 1789 mostrou ao mundo que o privilégio, por mais entranhado que esteja em uma sociedade, nunca será capaz de resistir à ação de um povo que decide tomar a história em suas mãos. Isso se aplica à França do século XVIII, se aplicava à Alemanha de Hegel e certamente se aplica ao Brasil atual. É por isso que hoje é um dia para se comemorar. Um brinde à Revolução Francesa!

Por Bruno Fiuza



O que há de histórico nas aventuras de Asterix?

Confira um artigo do professor Túlio Vilela publicado no portal UOL Educação que analisa as histórias em quadrinhos de Asterix. No gibi, o gaulês e sua tribo resistem bravamente às tentativas de invasão por parte dos romanos, além de entrarem em contato com diversos povos da Antiguidade como egípcios, gregos e bretões.

É claro que as aventuras em quadrinhos criadas por René Goscinny e Albert Uderzo são fictícias, mas personagens inesquecíveis como Asterix, Obelix e Panoramix enfrentam situações que dizem muito sobre a história do mundo antigo e, sobretudo, sobre o conturbado mundo em que os gibis foram criados. Entenda melhor essas relações acessando esse link:


http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u37.jhtm

Quase 300 obras de Picasso descobertas na França

Em janeiro desse ano, um eletricista aposentado entrou em contato com Claude Picasso, filho do pintor espanhol e responsável por administrar sua obra, para pedir o certificado de autenticidade de alguns trabalhos que possuía, supostamente saídos da mão do mestre. O que não se esperava é que o eletricista aparecesse com 270 obras de Picasso, que supostamente o teria presenteado por serviços prestados nas diversas casas que o artista ocupou durante sua estadia na França.

As autoridades do país investigam a procedência dos trabalhos (a autenticidade já foi comprovada) e há suspeitas até de roubo por parte do aposentado. Veja uma matéria do Estadão sobre o caso nesse link:



http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,obras-ineditas-de-picasso-sao-encontradas-na-franca,646934,0.htm

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CURIOSIDADES HISTÓRICAS


Quem disse que guerra não é lugar para mulher? O curso de História Militar, ministrado pela primeira vez na UNIRIO em parceria com o Ministério do Exército, tem chamado a atenção das mulheres. Dos alunos da primeira turma, três são do sexo feminino.

Encontrar o primeiro emprego é uma tarefa difícil. A taxa de desemprego entre jovens costuma ser o dobro da dos adultos. Na América Latina essa taxa é de 30% e desse índice, 40% correspondem aos jovens entre 20 e 24 anos.

O Brasil apresenta uma das maiores bacias hidrográficas do mundo. A Bacia Amazônica, por exemplo, é a maior de todas com 7.050.000 km2, dos quais 3.905.000, aproximadamente, estão localizados em terras brasileiras.

Existe uma contradição na Guerra dos Cem Anos: na verdade foram 116 anos de conflitos territoriais entre Inglaterra e França (1337-1453).

O ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, foi o primeiro na história brasileira a ser eleito duas vezes consecutivas. Nos Estados Unidos, o ex-presidente Franklin Roosevelt foi reeleito três vezes consecutivas.

O Arco do Triunfo, em Paris, é uma tradição da época do Império Romano. O que muitos não sabem é que o monumento foi erguido em homenagem ao líder militar Napoleão Bonaparte.

Pacifismo nada mais é do que o nome dado ao movimento ou doutrina dos que pregam a paz universal e o desarmamento das nações. Neste caso, não podemos deixar de citar Mahatma Gandhi, líder do manifesto pela independência, de forma pacífica, da Índia.

Na verdade o que levou o Império Austro-Húngaro a declarar guerra à Sérvia em 1914, desencadeando a Primeira Guerra Mundial, foi o assassinato de seu herdeiro ao trono, o arquiduque Francisco Ferdinando.

O Apartheid é uma das manifestações mais antigas de preconceito racial. Ele foi oficializado em 1948, na África do Sul, e impedia o acesso dos negros à propriedade da terra, à participação política e ainda considerava ilegal relações sexuais entre pessoas de raças diferentes.

Adolf Hitler, líder alemão nazista, foi preso em 1923, durante nove meses, após a tentativa de um golpe de estado. Na cadeia escreveu "Mein Kampf" ("Minha Luta"), obra que expõe suas principais idéias.

Depois da abolição da escravidão no Brasil, a imigração passou a ser utilizada para estimular a mão-de-obra. Os imigrantes vinham em busca de novas oportunidades e acabavam encarregados de todo o trabalho pesado, antes realizado pelos escravos.

Ao estudar o período da ditadura militar no Brasil (1964 - 1985), o aluno deve ficar atento à propaganda política do regime, veiculada principalmente no governo Médici. A campanha "neopopulista" foi uma forma de mascarar as atrocidades que ocorriam nos porões. Cartazes, adesivos e documentários de cinema e televisão serviram para convencer as massas de que o país atravessava uma ótima fase (o chamado "milagre econômico"). Até mesmo a conquista do tricampeonato mundial pela seleção brasileira de futebol foi usada como propaganda política.

No Brasil do século XVIII, as lutas por emancipação política em relação a Portugal foram influenciadas pela Revolução Francesa e seu lema liberal: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". Uma dessas lutas foi a Conjuração dos Alfaiates, que ocorreu na Bahia. Uma de suas particularidades era a de que houve participação popular (mulatos, negros livres e escravos) e contestação do regime escravocrata.

A ditadura militar no Brasil (1964 - 1985) já começava a dar sinais de esgotamento. O assassinato do jornalista paulista Vladimir Herzog chocou a opinião pública. No entanto, foi a crise mundial do petróleo que pôs um fim ao chamado "milagre econômico": recessão, inflação e crescimento econômico freado. Os generais não tinham outra alternativa a não ser afrouxar o regime. Um dos primeiros atos da "abertura lenta e gradual" promovida por Geisel foi a Anistia ao opositores do regime em 1979.

O vestibulando deve ficar atento às características econômicas de cada período da História do Brasil (Colônia, Império e República). Sobre o período Colonial, deve-se saber que o século XVI foi marcado pela agromanufatura do açúcar no Nordeste. É bom estudar a participação holandesa no processo.

Já na mineração (século XVIII), é importante prestar atenção nos tributos (finta, captação e derrama) e na criação das casas de fundição.

Outro ponto fundamental: a mão-de-obra. Era escrava e o tráfico negreiro servia de fonte de acumulação capitalista para a metrópole.

História em quadrinhos é coisa de criança, certo? Errado. Muita "gente grande" lê, gosta e aprende muito com as tirinhas, ou "bandée desinnes" para os franceses, ou "comics" para os norte-americanos, ou ainda "fumetti" para os italianos.

 

As aventuras de Asterix, dos franceses Goscinny e Uderzo, são um exemplo de história em quadrinhos como fonte de cultura e conhecimento. As aventuras desse gaulês muito engraçado nos dão um cativante panorama do que foi a história da Gália, região da Europa onde se originou o povo francês. As narrativas se passam durante o período de invasão e domínio dos romanos sobre a região (58 a.C. a 51a.C.). A aldeia de Asterix (e de seu inseparável amigo Obelix) é a última a oferecer resistência ao imperador Júlio César, que tenta de tudo para subjugar o inimigo.

Com muito humor e desenhos primorosos, temos uma aula de História Antiga sem chatice e com muita diversão.

A Revolução Mexicana (1910) é um período da História da América diversas vezes abordado nos vestibulares. A Revolução, contrária à dominação imperialista e à manutenção dos latifúndios, serve até hoje como exemplo para lutas sociais como a do Exército Zapatista de Libertação Nacional, no México, ou a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, no Brasil.

Teve início com a luta contra a ditadura de Porfírio Diaz (1876 a 1911), que se fundava no capital estrangeiro e numa política antipopular para desenvolver o capitalismo mexicano. Em 1911, Francisco Madero assumiu a presidência após o golpe. Apoiado pela burguesia urbana emergente, Madero se distanciou dos ideais revolucionários de líderes rurais como Emiliano Zapata e Pancho Villa, representantes da face popular da revolução.

Com a destituição e assassinato de Madero, em 1913, Venustiano Carranza subiu ao poder, instituindo intenso combate às forças populares ao mesmo tempo em que implementava uma Constituição mais progressista, Carranza conseguiu desarticular o movimento camponês, o que culminou com o assassinato de Emiliano Zapata.

Você sabia que o prato feito com fatias de pão intercaladas com frios ou outro recheio chama-se sanduíche em homenagem a um conde inglês? O conde de Sandwich, John Edward Montague, era um fanático jogador de bridge e não gostava de se levantar da mesa de jogo para não perder a concentração. Por isso, colocava carne ou presunto entre fatias de pão para poder almoçar e jantar sem interromper o jogo. Inventou, assim, o sanduíche, que recebeu seu nome.

Geração é o período correspondente a 25 anos ou ao tempo em que o ser humano constitui uma família e gera filhos? Cada século, portanto, compreende quatro gerações.

A moda das perucas brancas surgiu no século XVII por causa da calvície do rei francês Luís XIV e de um surto de piolhos? Na mesma época em que Luís XIV começou a ficar careca, uma epidemia de piolhos originada no Palácio de Versalhes, onde ele vivia, atingiu toda a França. Isso obrigou os nobres a rasparem a cabeça. Para disfarçar a falta de cabelo, o rei e a nobreza passaram a usar perucas brancas. Com o tempo, elas acabaram se tornando um símbolo da aristocracia. O hábito só caiu em desuso depois da Revolução Francesa. Na Inglaterra, passaram a fazer parte da indumentária oficial de juízes e advogados, para indicar sua condição superior. O hábito existe no país até hoje.

O imperador francês Napoleão III deixou de inaugurar o Canal de Suez, em 1869, por causa de uma pedra na bexiga? Depois de uma noite movimentada com a amante, a pedra obstruiu a passagem da uretra até o pênis e o impediu de cumprir o compromisso oficial no dia seguinte. Desde 1860 os médicos de Napoleão III procuravam esconder do público a enorme pedra na bexiga que o fazia andar com as pernas curvadas. Diziam que o imperador sofria de reumatismo.

Em janeiro de 1873, época em que Napoleão refugiou-se em Londres, médicos ingleses realizaram uma cirurgia para esmagar a pedra dentro do corpo do imperador. Foi o final da aflição que durou 13 anos. Napoleão III, porém, morreu três dias depois.

Você sabia que os primeiros pratos na pré-história eram feitos de crânios. Os pratos de porcelanas começaram a ser produzidos na Europa a partir de 1575.

Você sabia que a batata-frita surgiu na França, no final do século XVIII? O rei Luís XVI criou o prato para um jantar em homenagem ao inventor Benjamin Franklin.

 

Você sabia que os primeiros pães eram secos e duros e surgiram há 12 mil anos, na Pérsia? Em 1800 a.C., os egípcios inventaram o processo de fermentação, tornando o pão mais macio e saboroso.

Você sabia que a primeira pessoa a se interessar pela questão da casualidade ou intencionalidade do descobrimento do Brasil foi o imperador Pedro II. Em 1849, consultou a respeito o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. A resposta foi formulada no ano seguinte por Joaquim Norberto de Souza Silva, que defendeu a tese da intencionalidade.

Você sabia que a primeira cidade brasileira a ter iluminação pública na América Latina foi Campos, no Estado do Rio de Janeiro. As luzes de suas ruas acenderam-se no dia 24 de julho de 1883. A segunda cidade brasileira a substituir os lampiões de gás foi Juiz de Fora, em Minas Gerais, no dia 5 de setembro de 1889.

Você sabia que Dom Pedro I deveria ter sérios problemas para assinar seu nome? O imperador se chamava Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, apenas 18 palavras (Ufa!). Com medo de o filho dom Pedro II ter os mesmos problemas, o imperador escolheu um nome mais simples para o filho, com "apenas" 15 palavras: Pedro de Alcântara João Carlos Leopodo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga. Parece que naquele tempo o Brasil tinha memória.

Responda rápido: Quem descobriu o Brasil? Essa é fácil, né? Pedro Álvares Cabral, sem sombra de dúvida. Nem tanto... alguns historiadores dizem que o verdadeiro "descobridor" do Brasil foi um tal de Duarte Pacheco, representante português no Tratado de Tordesilhas (1494), que dividiu o mundo entre Portugal e Espanha. Um trecho de sua obra, Sobre os Mares do Mundo, cita uma terra coberta de "muito e fino brasil", ou seja, árvores de pau-brasil. Ele teria estado no litoral brasileiro dois anos antes de Cabral. Mas, lembre-se: oficialmente, Cabral ainda é o nosso "descobridor".

Você sabia que o Big Ben, o famoso relógio da capital inglesa, foi construído em homenagem ao ministro das Obras Públicas da Inglaterra, em 1859. Por ser um sujeito muito alto, Benjamin Taylor tinha o apelido de Big Ben.

Você sabia que o primeiro presidente civil do Brasil, o paulista Prudente de Morais foi recebido no Rio de Janeiro, a capital, com enorme má vontade. Apelidaram-no até de "Biriba", compararando sua barbicha à do macaco de barba do zoológico do Barão de Drumond, o inventor do Jogo do Bicho. O presidente se reuniu com jornalistas locais, para quebrar o gelo, e se definiu assim:

- Sou prudente no nome, prudente por princípios e prudente por hábito...

No dia seguinte, os jornais do Rio o rebatizaram: "Prudente Demais".

Você sabia que o general Eurico Gaspar Dutra tinha um defeito de dicção, trocava o c pelo x, como lembra o jornalista Pedro Rogério Moreira em seu livro "Jornal Amoroso" (Ed. Thesaurus, Brasília, 356 pp.): em vez de "você sabia", falava "você xabia". Dutra evitava falar em público, para evitar gozações. Os jornalistas não perdoavam, sapecando-lhe o apelido de "O Catedrático do Silêncio".
www.historiaecia.com/curiosidades.htm